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‘Bem que dizem, virou político pode desconfiar’, crônica do escritor Elairton Gehlen

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Elairton Gehlen – escritor 

Começo a semana sempre prestando atenção ao comportamento dos políticos que desejam me representar nos cargos públicos a que estão se candidatando. Nem é preciso muito esforço para perceber que mentem uma barbaridade! E tem de tudo. Desde candidatos envelhecidos em barris de corrupção até novatos cheios de experiência, só não sei de quê, mas dispostos a colocar toda sua trajetória de vida, pública? a serviço dos cidadãos de bem! 

Com o apoio da ministra, que apoia a liberação geral dos agrotóxicos, tem candidato prometendo proteção ambiental rigorosa. Sem apoio de ninguém tem candidato que promete forte atuação em Brasília para liberar verbas abundantes para o município. Mas tem pessoas muito sinceras neste pleito. Sábado passado encontrei uma mulher que jurava votar em uma candidata que teria declarado estar no pleito única e exclusivamente para completar a cota de mulheres, requisito legal para que pelo menos mais dois homens pudesse se candidatar pelo partido.  

Bem que dizem, entrou para a política, já pode desconfiar! Não que eu seja santo, longe disso, já fui até dirigente partidário nos meus velhos tempos de militante. Em 1.992, acreditem, fui candidato à vice-prefeito, depois em 2.001 exerci cargo comissionado na secretaria de fazenda. De modo que não posso me considerar inocente e nem alienado.  

Mas, dá para acreditar em pelo menos uma proposta interessante. Há poucos dias uma amiga me mandou, pelo Messenger, um texto falando de candidaturas coletivas. O sistema eleitoral brasileiro aceita somente candidaturas individuais, mas tem grupos políticos defendendo candidaturas coletivas. Isso me faz refletir sobre legalidade e legitimidade, mas deixemos esse assunto para outro dia. Candidaturas coletivas para cargos individuais é algo revolucionário e me lembrou um pouco a experiência, frustrada, que tivemos no Sindicato dos Bancários quando organizamos um coletivo chamado Conselho Político dos Bancários.  

Para se candidatar, o representante da categoria bancária teria que ser escolhido pelos eleitores. Depois de eleito, se fosse eleito, teria que submeter seu mandato ao conselho político e destinar parte dos seus vencimentos para o coletivo. Deu certo? Deu, elegemos um vereador. E aí, deu certo? Não, o vereador, depois de eleito, decidiu que seu mandado seria individual. É, bem que dizem… 

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