Especialistas, autoridades e policiais se reuniram nesta semana na sede do Detran-MS, em Campo Grande, para discutir ações voltadas à diminuição da violência no trânsito. O encontro faz parte da avaliação periódica do Pnatrans (Plano Nacional de Redução das Mortes e Lesões no Trânsito) e destacou a preocupação com motociclistas, que seguem como as principais vítimas em acidentes.
A presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Regina Maria Duarte, ressaltou que a audiência deve ocorrer a cada dois anos para atualização de diretrizes. Embora sem apresentar números oficiais, ela mencionou percepção de redução nas mortes em algumas cidades, mas reforçou a necessidade de atenção especial aos motociclistas.
Dados da Gerência de Análise e Estatística de Trânsito do Detran apontaram aumento de 25% nas vítimas de acidentes com motos entre 2021 e 2024. Só em Campo Grande, até julho deste ano, foram registrados 2.324 acidentes envolvendo motocicletas, com 4.861 vítimas. Do total de 31 mortes no trânsito da Capital, 26 eram motociclistas, representando 83% dos casos.
Segundo o chefe da Seção de Operações da PRF, Vinícius Figueiredo, houve redução de vítimas nas BRs em 2024, com expectativa de queda entre 17% e 20%. Ele destacou preocupações específicas com a BR-163, BR-262 e BR-060, onde fatores como excesso de velocidade, álcool e ultrapassagens irregulares são apontados como principais causas de acidentes.
O diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade Júnior, reforçou a importância da parceria entre órgãos estaduais, municipais e forças policiais. Ele classificou a redução da violência no trânsito como uma “luta eterna” e destacou os riscos crescentes para motociclistas.
Conforme o Campo Grande News, a audiência também discutiu a decisão do Governo Federal de retirar a obrigatoriedade de frequentar centros de formação para obter a CNH, medida vista com preocupação por especialistas. (M.E)

