30/08/2019 09h50 – Por: Folha de Dourados
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Após ser notificado pela Vigilância Sanitária e alertado sobre possível interdição parcial, o Hospital da Vida “removeu os mofos dos banheiros e na sala de hemodiálise”, conforme relato da Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul, que também afirmou ter constatado “situação caótica” durante vistorias anteriores à unidade hospitalar.
Na quinta-feira (29), a defensora pública Mariza de Fátima informou que na terceira visita, ocorrida dia 22 de agosto, foi constatado que a administração do hospital “providenciou a troca do sistema de refrigeração dos leitos e de outros setores, além de investir em aparelhos com função que elimina 99% das bactérias do ar, no quarto dos pacientes em isolamento”.
Além disso, ela citou que “outra providência foi a reforma na enfermaria cirúrgica/ortopédica, onde removeram os mofos dos banheiros e na sala de hemodiálise”.
Dias antes, porém, em vistoria iniciada às 17h de 18 de agosto, foram encontrados tantos problemas no Hospital da Vida que até mesmo a presidente da Comissão de Saúde da 4ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) que acompanhava os trabalhos precisou “ausentar-se do local por estar passando mal durante as visitas, necessitando de repouso”, conforme relatório divulgado pela Defensoria Pública.
Nesse mesmo documento, o órgão afirmou que essa unidade hospitalar só tinha condições parciais de funcionamento, porque foram apurados problemas como aparelhos de ar condicionado sem funcionamento, banheiros de enfermarias com mofo, profissionais de enfermagem trabalhando sem receber hora extra, denúncia de funcionário fantasma, falta de insumos, e excesso de nomeados em cargos de diretoria que podem ser causa do desequilíbrio financeiro.
No dia 21 passado, depois que a Defensoria apontou ter constatado “também que o banheiro do quarto estava em precárias condições, com muito mofo e odores fortes”, a Vigilância Sanitária notificou a Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde de Dourados), que administra o Hospital da Vida, a realizar reparos urgentes no prazo de 48h, sob risco de interdição de determinadas áreas.
Também administrada pela Funsaud, a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) foi outro alvo da Vigilância Sanitária, que apurou a esterilização de materiais de outro hospital. Na ocasião, foram apreendisos galões de hipoclorito de sódio, material usado para desinfecção de ambientes, com o prazo de validade vencido, podendo causar danos aos pacientes. (DouradosNews)
