Apesar de compromissos, Bunge e SLC Agrícola estão entre as maiores desmatadoras do País

A Chain Reaction Research publicará na próxima semana um novo relatório sobre as empresas que mais desmataram no Cerrado em 2020. A Bunge e a SLC Agrícola se destacam como as maiores desmatadoras em seus setores, apesar dos recentes compromissos de eliminação do desmatamento em suas cadeias produtivas.

O relatório será publicado em 30 de março, às 10h EST EUA.

As cadeias de abastecimento da Bunge foram potencialmente expostas a 91.491 ha de desmatamento do Cerrado somente em 2020 – quase 60% a mais do que seu próximo maior concorrente, a Cargill (44.644 ha), e 12% a mais do que seus próximos quatro concorrentes combinados (80.058 ha). A Bunge é o único grande comerciante de soja com o compromisso de acabar com o desmatamento legal e ilegal até 2025, mas seus laços potenciais com o desmatamento em 2020 estão colocando essa meta em risco.

A SLC Agrícola desmatou a maioria dos principais produtores de soja do Brasil e está diretamente ligada ao desmatamento de 10.152 ha de florestas (quase 25% das terras que desmatou entre 2011-2017). A SLC Agrícola virou notícia em 2020 afirmando que limparia “mais 5.000 hectares” e encerraria o desmatamento antes de 2021, meta que parece não ter atingido.

O relatório também analisa a pegada do desmatamento do Cerrado de grandes produtores e varejistas brasileiros de carne bovina e a escalada dos riscos financeiros para essas empresas.