José Henrique Marques –
O mandato da prefeita Délia Razuk (sem partido) termina em 31 de dezembro, mas, na realidade, sua administração estará findada no próximo dia 15 quando a Prefeitura fechará às portas à espera do novo prefeito – Alan Guedes (PP). Será um início nada alvissareiro com muitos problemas à vista. A chuvarada de época corrói a combalida pavimentação asfáltica e abre crateras nas ruas sem asfalto. Como não há licitação para a limpeza pública a cidade está repleta de galhos e troncos de árvores derrubadas pelas últimas tempestades, e o matagal cresce no canteiros centrais, calçadas e praças públicas. Na área da saúde, além dos problemas crônicos, a pandemia da covid-19 volta a acelerar. Nada poderá ser resolvido em curto e até mesmo em médio prazos. Assim, esse cenário remete a uma única opção para Alan Guedes: a transparência com a população. Ele deve, logo nos primeiros dias de governança, mostrar publicamente [convocando a imprensa e as entidades da sociedade civil organizada] a realidade de Dourados, propor o equacionamento dos problemas e estabelecer metas, enfim, jogar limpo com o povo que passou recado nas eleições de 15 de novembro: optou pela mudança, mas cobrará a fatura. A arma para conter o imediatismo e, claro, o ranço dos derrotados no pleito eleitoral, é a comunicação.
