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Advogada que morreu após barco naufragar filmou passeio no mar momentos antes

Imagens mostram Maria Eduarda Carvalho de Medeiros sorrindo dentro de um veleiro pilotado pelo noivo, o médico Seráfico Pereira Cabral Junior, que sobreviveu ao naufrágio.

Imagens enviadas ao g1 mostram a advogada Maria Eduarda Carvalho de Medeiros velejando junto com o noivo momentos antes do naufrágio que resultou na morte dela. Na gravação, feita pela própria vítima, é possível ver o casal e a cadela dentro de um veleiro, o mar aparentemente calmo, o clima ensolarado e outra embarcação passando próximo.

O vídeo foi enviado em um grupo da família de Maria Eduarda no WhatsApp às 16h40 do sábado (21), momentos antes do acidente, de acordo com uma das melhores amigas de Maria Eduarda, a também advogada Irlane Luna. O naufrágio aconteceu no fim da tarde na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho, no Grande Recife.

Maria Eduarda, que tinha 38 anos, ficou desaparecida no mar por quatro dias. O corpo dela foi encontrado na praia de Calhetas, localizada no mesmo município. A cadela dela, Belinha, não foi encontrada.

O noivo de Maria Eduarda, o médico Seráfico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, pilotava a embarcação no momento do acidente e conseguiu sobreviver. Ele nadou por três horas até pedir ajuda no Porto de Suape, de onde foi resgatado com escoriações leves.

Segundo a declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), a causa da morte de Maria Eduarda foi “asfixia mecânica por afogamento”. O velório da advogada foi realizado na terça-feira (24), mesmo dia em que o corpo foi encontrado. Na quarta-feira (25), um dia após o velório, policiais cumpriram um mandado de busca e apreensão na casa do noivo dela.

Justiça barra cremação

A cremação do corpo de Maria Eduarda não foi autorizada pela Justiça para que seja feito antes um laudo pericial tanatoscópico. O exame deve trazer detalhes das análises da perícia e as conclusões técnicas sobre a causa da morte, que é investigada pela Polícia Civil.

Além de negar a cremação, a juíza Danielle Christine Silva Melo Burichel, que fazia o plantão judiciário da comarca do Cabo de Santo Agostinho, deu um prazo de cinco dias para que a família apresente o laudo pericial. Além disso, solicitou ao IML e à 43ª Delegacia de Porto de Galinhas, responsável pelo inquérito, informações sobre o andamento das investigações e a íntegra do documento.

A Marinha do Brasil também instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias e causas do naufrágio. O objetivo é esclarecer se houve falha humana, técnica ou condições adversas de navegação.

Entenda o caso

O corpo de Maria Eduarda foi encontrado na manhã da terça-feira (24), quarto dia de buscas.

O acidente aconteceu na tarde do sábado (21), na praia de Suape, no Cabo de Santo Agostinho.

A Praia de Suape é a última orla marítima do Cabo de Santo Agostinho antes do Complexo Portuário de Suape, em Ipojuca.

Segundo testemunhas, Maria Eduarda estava no barco com o namorado e a cadela quando a embarcação virou. A advogada e o animal de estimação ficaram perdidos no mar.

O médico Serafico Pereira Cabral Junior, de 55 anos, foi resgatado pelos bombeiros na costa e levado à UPA de Ipojuca, município vizinho ao Cabo.

De acordo com a prefeitura de Ipojuca, ele relatou às autoridades que nadou por três horas até à costa, onde conseguiu pedir ajuda.

O trabalho de buscas na região começou ainda na tarde do sábado (21).

As operações foram retomadas no domingo (22) e na segunda (23) e seguiam o dia inteiro, sendo suspensas no fim da tarde por causa da falta de visibilidade à noite.

A Polícia Civil informou que o caso é investigado pela Delegacia de Porto de Galinhas.

(Informações G1)

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