Opinião – 04/05/2010
Waldemar Gonçalves – Russo
Acompanho a gloriosa luta dos integrantes da ACCGD (Associação de Combater ao Câncer da Grande Dourados) sob a batuta da ex-policial civil e atual advogada Virginia Magrini para realizar o sonho de implantar o hospital para atender não só a nossa cidade, mais pelo menos outras 38 de Mato Grosso do Sul, compreendendo a nossa região, o Vale do Ivinhema, o Cone Sul e também a da fronteira.
Para esta grandiosa obra é bem verdade que pouca coisa contribuiu em termos financeiros, já que a bem da verdade há muito tempo não ando bem das pernas, todavia, dentro de minhas condições procuro sempre que posso através da escrita divulgar as promoções dos eventos que são realizados em prol desta importante entidade, que assim que concluir oficialmente as obras do hospital, com certeza vai aliviar o sofrimento de milhares de pessoas, porque não salvá-las do iminente caminho, que seria a morte prematura dada a força desta doença maligna.
Com a chegada do Hospital do Câncer em Dourados, entendemos que assim que ele estiver 100 % em atividade, ele vai através de nossos competentes médicos, enfermeiras e auxiliares de enfermagens e o setor administrativo, diminuírem à triste e agoniada viagens que nossos doentes nos dias de hoje, tem de realizar para fazer o tratamento, que na maioria das vezes são realizados em Barretos, Londrina, Maringá, Presidente Prudente, São Paulo entre outras cidades do país, que mantém hospitais beneficentes ou não para o tratamento.
Enfim, graças às doações anônimas ou não; da força do Poder Público quer seja ele Municipal, Estadual e até mesmo Federal e das mais de centenas de promoções, o Hospital do Câncer vai aos poucos deixando de ser um sonho para se transformar numa doce realidade, e oxalá que depois de concluído, as doações para a manutenção dele sejam cada vez mais ricas, para que às suas portas não sejam fechadas em definitivo, uma vez que esta dolorida doença não escolhe cor, religião, idade, rico ou pobre, ela apesar de ter cura caso seja descoberta a tempo, mata mesmo e trás muita dor para os entes queridos da pessoa abraçada por ela.
Independente deste meu ponto de vista acima bem ou mal escrito, já que opinião ou seria interpretação de leitor, é meio complicada, estive junto com diversas pessoas na cerimônia da inauguração do 1º piso do Hospital do Câncer douradense na sexta-feira, e lá escutei lindos discursos, a maioria deles com claras intenções políticas, porém alguns deles com sérias promessas de lutarem em prol da ACCGD, e entre os presentes, lá estava o vereador Zezinho da farmácia, que embora não tenha feito o uso da palavra, pelo menos marcou presença no evento e como muitos, emocionou-se com o discursos simples, mais comovente de Virginia Magrini, a guerreira líder da entidade.
Com o vereador e um dos representantes do povo douradense ao meu lado, e claro, ele assim como eu também contraiu a não menos dolorida doença da dengue, questionei-o do porque ele devido à ausência do Poder Público através das secretarias municipal e estadual de saúde, não liderar assim como Virginia Magrini fez na ACCGD para criar em Dourados a ADCD para nossa cidade.
Intrigado, o vereador com olhar desconfiado retrucou: “Criar o que mesmo Russo”, e eu lhe disse, “a ADCD, vereador”, e de contrapartida ele mais uma vez questionou: “E o que seria isso Russo”, e na mais absoluta calma respondi: “A ADCD vereador, seria a Associação Douradense de Combate a Dengue, entendeu” e o representante do povo tomado pela minha resposta, limitou-se a rir desta que pode até ser uma absurda idéia, mais que diante do caos, da inércia, do descaso mesmo em que se encontra a saúde pública douradense, através da Secretaria Municipal de Saúde com seus postos de saúde falidos e lotados, com pessoas doentes, após elas contraírem assim como o vereador e eu, esta doença maldita, que quem a contraiu, assim como nós, sabem que dói até a alma, quando ela abraça alguém, por isso, não custa nada brigar pela criação da ADCD urgente em nossa cidade, que seria mais uma entidade em prol de nossa gente.
Por fim, com certeza, eu acredito que assim como a ACCGD, doações ou doadores não irão faltar para a ADCD, hehehe…!
Depois desta, parei e fui, mais volto, se volto…!
*Waldemar Gonçalves, o Russo, é jornalista e membro do Sindicato dos Jornalistas da Grande Dourados (Sinjorgran)
Fonte: Folha de Dourados
