Jeferson Nunes Ramos, de 41 anos, será julgado pelo Tribunal do Júri na próxima sexta-feira (22), em Campo Grande, acusado de matar sua companheira, Giseli Cristina Oliskowski, de 40 anos, queimada viva. O réu responderá por feminicídio qualificado, e os jurados decidirão se ele será condenado pelo crime.
A decisão de levar o caso a julgamento popular foi tomada após a conclusão da fase de instrução processual, que incluiu depoimentos de testemunhas de acusação e defesa, além do interrogatório do acusado, que optou por permanecer em silêncio. A denúncia do Ministério Público de Mato Grosso do Sul e as provas reunidas durante a investigação também embasaram a decisão.
De acordo com o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, os elementos do processo indicam que o crime foi cometido com extrema crueldade, impossibilitando qualquer chance de defesa da vítima — o que caracteriza a qualificadora de feminicídio.
O crime ocorreu no dia 1º de março deste ano, em uma residência localizada na Rua Filipinas, no bairro Aero Rancho. Segundo a investigação, Giseli foi agredida com pedradas, teve o corpo carbonizado e foi enterrada em uma cova rasa no quintal da casa.
O laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) confirmou que as agressões iniciais não foram fatais, e que a morte ocorreu em decorrência direta das queimaduras.
Na ocasião, o suspeito foi contido por moradores da região e preso em flagrante pela Polícia Militar, sendo posteriormente encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
Este é o sexto caso de feminicídio registrado em Mato Grosso do Sul em 2025. (J.B)