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Feminicídio: acusado de matar ex na frente da filha tem julgamento marcado 

O motoboy Jairton Silveira Bezerra, de 46 anos, acusado de assassinar Paula Gomes da Costa, de 33, vai a julgamento no dia 9 de março de 2026. Ele responderá pelo crime de feminicídio.

Em novembro deste ano, o advogado James Araujo dos Santos, que responde pelo acusado, teve negado um recurso para que o réu fosse julgado pelo crime de homicídio qualificado e não por feminicídio. Ao g1, ele disse que não tem interesse de se pronunciar sobre o caso.

O caso será julgado pelo Tribunal do Júri da Comarca de Rio Branco. Em maio deste ano, a primeira audiência de instrução foi adiada. Em junho, o juiz Alesson Braz pronunciou Jairton a júri popular.

Caso Paula Gomes: Justiça decide que Jairton Silveira vai a júri popular pelo crime

O acusado vai responder por homicídio simples, classificado como feminicídio, qualificado por motivo torpe, com recurso que dificultou a defesa da vítima na presença de descendente e em descumprimento de medida protetiva, com animus necandi (intenção de matar), em contexto de violência doméstica.

Feminicídio

Paula foi brutalmente esfaqueada na frente da filha de 6 anos em via pública de Rio Branco, em outubro do ano passado. Em janeiro deste ano, a Justiça recebeu denúncia do Ministério Público do Acre (MP-AC) e, com isso, ele virou réu no processo.

Segundo as evidências apresentadas pela polícia e destacadas pelo MP na denúncia, a condição de sexo feminino da vítima foi determinante no crime e, por isso deve ser caracterizado como feminicídio.

Jairton, que era gerente em uma loja de tintas da capital acreana, fugiu após o crime. Ele foi casado com Paula por 13 anos e não aceitava o fim do relacionamento. O ex-marido também já tinha agredido a vítima em outras ocasiões, o que fez com ela tivesse conseguido uma medida protetiva contra ele.

Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica — Foto: Reprodução/Instagram

Paula Gomes da Silva tinha 33 anos e era funcionária de uma clínica odontológica — Foto: Reprodução/Instagram

O acusado se entregou à polícia no dia 6 de novembro na Delegacia de Flagrantes (Defla), em Rio Branco, 10 dias após o crime. Logo em seguida, foi encaminhado à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) para prestar depoimento. Na mesma manhã, houve a audiência de custódia.

Ele teve um pedido de liberdade ou substituição de prisão por medidas cautelares negado em dezembro de 2024.

No início de abril deste ano, Bezerra teve negado outro pedido de benefício da Justiça gratuita e exclusão no processo da agravante de que o crime foi cometido na frente da filha do casal.

No pedido, a defesa alegou ausência dos requisitos legais para manutenção da prisão. O suspeito também utilizou a filha como argumento, mesmo sendo apontado como o culpado por tirar a vida da mãe dela e fazer com que testemunhasse o crime.

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(Informações g1)

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