Nesta segunda-feira (22), é dia de rememorar o legado de Gestão do Nilson Santos publicado no livro ACED 80 Anos – Uma História de Sucesso, lançado em 29 de maio de 2025; leia a seguir…
Estruturada por valores e princípios éticos, empreendedores, sustentáveis e apartidários, a Associação Comercial e Industrial de Dourados (ACED) comemorou, em 29 de maio de 2020, seus 75 anos determinada, cada vez mais, a criar valor para os associados e para a sociedade, a estimular o desenvolvimento das pessoas e a fomentar melhorias de infraestrutura social em sua área de atuação. Nessa ocasião a ACED também comemorou o Jubileu de Prata de seu Calendário, durante a gestão do presidente Nilson Aparecido dos Santos, que celebrou a data com mais de mil empresas que acredita ramser a soma de forças e cooperação, por meio do associativismo, os fatores preponderantes para o desenvolvimento sustentável das próprias empresas.
Desse modo, em sua segunda gestão, Nilson Santos marcou o desenvolvimento da entidade. Após um período de 21 anos entre a primeira e a segunda gestão, o empresário do ramo gráfico voltou a comandar a entidade no dia 3 de junho de 2019, ao lado de grandes empresários, sob o lema “Ação e Transparência”.
Em agosto de 2019, a Comissão Mista de Conselheiros, coordenada pela ACED, inicia reivindicação para a retomada de verba para o Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira. A comissão era composta por representantes de entidades de classe, empresários, políticos, Prefeitura Municipal, Câmara de Vereadores, Clube de Imprensa e União Douradense das Associações de Moradores (UDAM).
Em setembro, a ACED mobilizou empresários e instituições com vistas a fomentar a Semana da Pátria, objetivando promover um grande desfile cívico e, com isso, aquecer as vendas do comércio local num período de queda no consumo em Dourados. Naquele mês, a Senadora Soraya Thronicke visitou a associação para discutir a Lei da Liberdade Econômica. Aprovada na Câmara dos Deputados, a medida provisória trouxe mudanças burocráticas, simplificando a abertura de empresas e oferecendo proteção aos sócios.
Sem bandeira partidária, Nilson Santos se lembrou, à época, da falta de um representante de Dourados na bancada federal e da esperança dos empresários douradenses na atuação da senadora Soraya.
Em meados de outubro, o presidente da ACED assume o cargo de Conselheiro Suplente do Conselho Deliberativo Estadual (CDE) do Sebrae/MS.
No mês seguinte, em reunião entre diretores e parlamentares que representavam Dourados na Assembleia Legislativa, defendeu–se a aproximação para alavancar a economia no município. Os deputados José Carlos Barbosa, Zé Teixeira, Renato Câmara e Marçal Filho atenderam empresários que fizeram questionamentos e reivindicações. O presidente da ACED solicitou a indicação de um líder de bancada para Dourados, com o objetivo de estabelecer um canal direto para as demandas da Grande Dourados.
Nilson Santos também participou do Conselho Deliberativo do Sebrae/MS, juntamente com o Governo do Estado e com o setor produtivo, ocasião em que foram apresentados os avanços da implementação da Lei da Liberdade Econômica em Mato Grosso do Sul.
Dezembro de 2019 chegou e a gestão da Associação completou 6 meses com readequação nos serviços, integração com entidades e apresentação de projetos inovadores para o ano seguinte. A entidade apoiou a campanha do Natal Solidário, do Rotary, e estreitou laços com as instituições do Sistema S, com a federação e confederação das associações empresariais.
O ano de 2020 entrou cheio de esperanças e entusiasmo. A agenda de eventos e as programações da ACED já estavam prontas. As perspectivas de mudanças, por meio das reformas administrativas e fiscais, deram alento aos empresários para confiar no progresso desenvolvimentista da região, do estado e do país.
A Lei da Liberdade Econômica, iniciada pelo Governo Federal, implementada em Mato Grosso do Sul, começou a ser estudada para ser regulamentada em Dourados. Propunha-se otimizar a manutenção dessa lei – que facilitava a desburocratização dos trâmites para abertura de empresas – por meio da eliminação ou da redução de taxas em todos os órgãos instituídos. Mas nem tudo foram flores. A Federação das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul (FAEMS), por exemplo, agiu diplomaticamente com o Governo do Estado, demonstrando seu descontentamento com a majoração dos preços dos combustíveis, que vinham sobrecarregando os encargos, reduzindo as margens de lucro e penalizando o seu cliente – a última ponta do sistema.
No mês de janeiro, a inadimplência do consumidor foi reduzida em quase 30% entre as empresas associadas da ACED; e o planeja mento foi tema do primeiro programa “Despertar para o Trabalho de 2020”.
Atendendo os empresários e os usuários da Avenida Hayel Bon Faker, a ACED realizou audiência pública, de caráter informal, para debater o cronograma e conhecer o projeto de revitalização de uma das avenidas mais utilizadas no município. Com recurso de R$ 10.340.949,12, do Fundo de Desenvolvimento do Sistema Rodoviário de Mato Grosso do Sul (Fundersul), a conclusão da obra tinha previsão para janeiro de 2021.
A partir do dia 1º de fevereiro, todos os comerciantes de Mato Grosso do Sul passam a ser obrigados a emitir nota fiscal seguindo as regras do programa Nota MS Premiada. Em março, na segunda maior cidade do estado inicia-se voo direto para o aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por meio de nova rota no Aeroporto Regional Francisco de Matos Pereira. Seguindo rumo ao desenvolvimento e mostrando grande potencial em negócios, Dourados é escolhida, pela Gol Linhas Aéreas, por estar em sintonia com o projeto da em presa no sentido de ampliar os destinos regionais.
É oportuno destacar que a gestão de Nilson Santos, buscando sempre homenagear o empreendedorismo feminino, realizou o 1º Chá das Mulheres, em comemoração ao mês da mulher. Para tanto, contou com a participação da diretora de negócios do grupo Arezzo e cofundadora da marca Anacapri, Flávia Yumi.
No dia 16 de março de 2020, a ACED adotou medidas de prevenção à Covid-19, pandemia que já atingia outros estados do Brasil, e suspendeu suas atividades. Diante disso, iniciou-se, pela primeira vez, o atendimento on-line (via home office) aos seus associados. A medida foi recomendada pelo Ministério da Saúde e, até aquele momento, nenhuma pessoa em Dourados havia contraído a doença.
No dia 20 de março, a Prefeitura de Dourados publicou decreto, por meio do qual reduzia o horário do comércio douradense relativo ao atendimento ao público. No dia 23, novo decreto foi publicado, o de número 2.480, que proibia, por prazo indeterminado, o funcionamento do comércio e dos serviços em geral. Nesse documento foi inserido o toque de recolher – período das 22h às 5h.
Compreendendo a situação, inicialmente, a ACED recomendou a seus associados que seguissem as recomendações da Organização Mundial de Saúde e do Ministério da Saúde, entre elas a relacionada ao fechamento das atividades comercias para fins de atender a quarentena. Contudo, após 15 dias, a ACED solicitou a reabertura gradual do comércio douradense. Em ofício, a associação solicitou também a prorrogação ou o parcelamento dos impostos municipais durante os meses em que perdurasse a paralisação do comércio e das indústrias, em decorrência da Covid-19.
No início do mês de abril, alguns comerciantes puderam abrir suas portas, o objetivo era evitar a crise econômica e o desemprego em Dourados. Mas o Shopping Avenida Center, as casas noturnas, os clubes de recreação, bares, academias e igrejas permaneceram fechados. O horário de funcionamento foi o habitual, das 8h às 18h.
Um Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19 foi instaura do e o 2º vice-presidente da ACED, Flávio Delgado, passou a representar o comércio douradense. Segundo Flávio:
O medo do desconhecido foi um desafio, principalmente ao empresário que precisa de um planejamento para tocar seu negócio. Mas na pandemia a gente não sabia o que iria acontecer, era apenas medo e incerteza. Eu acho que a participação da ACED foi definitiva, um divisor de águas. Nós nos reuníamos durante a semana para que eu pudesse levar o que pudesse levar até o Comitê o que as pessoas esperavam e o que iria acontecer se o comércio ficasse fechado. O que era pior, pessoas pegando Covid ou pessoas morrendo de fome? Então isso era algo que pesava muito em nossas reuniões e, eu graças à ACED, pude levar esse recado de que uma pessoa não era menos importante que a outra. As que estavam sadias não eram menos importantes que as doentes. As pessoas sadias precisavam trabalhar, mas sem empresas não tinha emprego.
Diante desse momento, a ACED criou uma campanha publicitária, sob a responsabilidade do diretor de marketing, Paulo Ajax, visando à abertura responsável e consciente do comércio de Doura dos. A campanha mostrou Felício, o comerciante consciente. A ação procurou demonstrar que seria possível abrir o comércio seguindo todos os protocolos de biossegurança, como uso do álcool em gel, máscara, luvas de proteção, assim como realizar a venda on-line.
Vale assinalar que a corrida empresarial na pandemia exigiu inovação para superar a crise, que foi além da saúde pública. Em Dourados, com a suspenção das atividades por mais de 15 dias, profissionais autônomos e pequenas empresas ficaram gravemente prejudicados. Nesse cenário, a ACED, em parceria com o Sebrae, iniciou consultoria gratuita para adequar os negócios aos requisitos da vigilância sanitária.
É importante observar que o setor de eventos, não considerado essencial (conforme os administradores públicos da época), foi o primeiro a ter suas atividades paralisadas de modo contínuo, e que o setor, por exemplo, de bares e restaurantes já estava sofrendo antes do lockdown. Dias antes do primeiro fechamento havia indicadores de queda de vendas, o que fazia com que a situação só piorasse para os empresários.
Em julho, buscando recuperar a situação econômica no Mato Grosso do Sul, a ACED, o Sebrae, a FAEMS e a SEMAGRO realizaram reunião on-line para debater propostas de recuperação financeira. O encontro reuniu mais de 50 presidentes de associações comerciais do estado, visando a construir propostas conjuntas para o enfrentamento à Covid-19.
Nesse mês, a diretoria da ACED também recebeu a senadora Soraya Thronicke e reivindicou melhorias para Dourados. E, mesmo diante de toda situação da pandemia, a ACED, por intermédio do diretor de assuntos estratégicos, Domingos Venturine, anunciou com felicidade o retorno das operações das companhias aéreas no município.
O 1º secretário da ACED, Everaldo Leite Dias, foi eleito, no dia 28 de julho, como presidente do Conselho Curador da Fundação de Serviços de Saúde de Dourados, tendo como vice-presidente a advogada Mariana Dourados Narciso, membro indicado pela OAB/MS.
No dia 1º de agosto, o presidente da ACED, Nilson Santos, tornou-se vice-presidente das Associações Empresariais de Mato Grosso do Sul (FAEMS), ao lado do presidente, Alfredo Zamlutti Junior, com mandato até 2023. Nesse mês, ainda aconteceu o 23º Concurso de Fotografia com o tema “A Natureza brinda Dourados” – projeto iniciado por Nilson Aparecido dos Santos, em 1998, durante sua primeira gestão na ACED.
O final do ano chegou, a pandemia não acabou, e a ACED continuou trabalhando com ação e transparência. Por meio de sua diretoria, cumprindo uma das metas estipuladas pelo presidente Nilson Santos, ao assumir a gestão, o contador e 1º tesoureiro, Paulo Campione, conseguiu regularizar o habite-se do imóvel da sede, em sua totalidade, referente à área construída.
Outra ação efetuada em 2020 resultou, por meio de parceria entre a ACED e a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), na doação de 9.233 fotos à universidade, com o intuito de que elas fossem colocadas à apreciação da comunidade douradense. As fotografias, em sua maioria, refletem o desenvolvimento e as belezas da Grande Dourados. Apontam para o resultado de 25 anos de realização de cursos e do Concurso de Fotografia, que seleciona doze fotos, anualmente, para o Calendário da Associação. A doação foi formalizada em agosto e entregue no dia 15 de outubro, no Dia do Professor. A solenidade contou com a presença da reitora pro tempore da UFGD, Mirlene Ferreira Macedo Damázio.
2021
O ano de 2021 se iniciou, e, mesmo com a continuidade da pandemia, a ACED manteve seu protagonismo com ação e transparência. Logo no início de janeiro, a associação uniu os poderes públicos e o terceiro setor para discutir ajustes na Lei da Liberdade Econômica. Sob coordenação do Sebrae, o principal objetivo do encontro foi o de ajustar a lei, que já estava em vigor, para facilitar a vida dos pequenos negócios e aumentar a competitividade da iniciativa privada em Mato Grosso do Sul. Sugestões pontuais sobre a Lei Orgânica, o Código de Posturas e o Plano Diretor também tiveram espaço nas discussões, e propostas foram encaminhadas ao Poder Legislativo.
Em fevereiro, os poderes Legislativo e Executivo, com o apoio das entidades e do empresariado, criaram uma comissão para discutir e deliberar normativas sobre a acessibilidade nos setores público e privado de Dourados. E, mais uma vez, a ACED esteve envolvida, por intermédio da atuação do 2º secretário, Nelson Eduardo Hoff Brait.
O Mês da Mulher chegou, e a ACED, outra vez, se reinventou. Por meio de parceria com o SEBRAE e com a FAEMS, a associação realizou uma palestra híbrida para o 2º Chá das Mulheres. Os responsáveis pelo evento prestaram homenagens às diretoras Cleuza Zornitta, Ana Maria Nascimento Dias e Elizabeth Salomão, agrade ceram a parceria de todas as mulheres dos diretores e também abriram espaço ao público feminino.
Ainda em março, a ACED promoveu encontro para debater a elevada cobrança das taxas cartorárias em Mato Grosso do Sul. O encontro foi sugerido pela ACED, no final de 2020, após reunião preliminar com os diretores, onde foi solicitado apoio à FAEMS para provocar discussão, em âmbito estadual, que culminasse na apresentação de um anteprojeto do Tribunal de Justiça à Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Nesse mesmo mês, o número de casos de Covid-19 aumentou e o Governo do Estado decretou o temido lockdown em Mato Grosso do Sul. O comércio de Dourados, mais uma vez, fechou suas portas. A ACED, por intermédio de sua diretoria, encaminhou ofício ao presidente do Comitê de Gerenciamento de Crise da Covid-19, Davi Tibiriça Caravelas, solicitando medidas para auxiliar no enfrentamento à pandemia, por exemplo, campanha de conscientização e de flexibilização do horário comercial.
A ACED também reivindicou investimento emergencial para abertura de novos leitos de atendimento nos setores de enfermaria e terapia intensiva dos hospitais, bem como intervenção no sentido de que as decisões sobre o enfrentamento da pandemia fossem acordadas, compartilhadas e implementadas em todos os municípios que fazem uso do Sistema Único de Saúde (SUS) na macrorregião da Grande Dourados. Além disso, sugeriu a compra de vacina para toda a população do município, por meio de ação conjunta com as empresas privadas.
Importa lembrar que, apesar dos períodos difíceis, nada tirou o brilho, por exemplo, da comemoração relativa ao “Jubileu de Prata” do Calendário da Associação Comercial e Empresarial de Dourados, o qual, em 2022, chegou a sua 25ª edição. Ano em que a ACED completou 77 anos.
Entre as considerações de Nilton Santos a respeito dos dois momentos em que presidiu a ACED, estão as seguintes:
Para mim, creio que foi uma missão desafiadora, voltar a presidir a nossa querida ACED após 21 anos, quando pensava que estaria gozando aposentadoria, após fazer transição familiar da Gráfica Stilus para os filhos, Nilssinho e Julianno, e residir novamente em minha terra natal, Para guaçu Paulista.
Com muita fé, perseverança e denodo enfrentamos a pior crise mundial com o advento da peste Covid-19 e ficamos sem a melhor receita que era a locação do nosso auditório, devido às restrições de aglomerações com as atividades inerentes a confraternização, palestras, treinamentos, reuniões…
Como a “barriga vazia, ensina a gemer”, optamos por trabalhar institucionalmente a marca da ACED, recuperando as integrações com as entidades civis, políticas, academias e comunidade empreendedora, entregando as chaves da nossa entidade ao Clube de Imprensa, Sindicato dos Jornalistas, com o intuito de parceria e transparência de nossos atos.
O legado, que talvez seja notório, são atividades que se tornaram permanentes desde a nossa primeira gestão (1996/98) e ininterruptamente há quase três décadas recebem o prestígio da sociedade douradense: Despertar para o Trabalho, Roda Empresarial, Workshop de Fotografia, Concurso de Fotografia e Calendário de Mesa, registando as belezas e as riquezas da nossa querida Dourados, resultando em doação à UFGD de 9.233 fotografias. Um acervo cultural valioso, que ficará eternizado como instrumento de pesquisa e observação da evolução da nossa história.
A Deus minha gratidão pela oportunidade de ter servido a minha coletividade com saúde, disponibilidade e atores designados a promover a compreensão e a promoção do bem estar social.

