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Políticos repetem erros sobre custo de campanha, pelo menos na semântica

Torpedos – 07/05/2012

 (*) José Henrique Marques
 
                                                          Lide
 
            Depois que o furacão “uragano” escancarou, a partir de Dourados para todo o país, as mazelas da sociedade [representada por políticos, funcionários públicos e empresários] na gestão dos recursos pagos pelo contribuinte através de impostos, é certo que muitas das práticas nada republicanas foram colocadas de lado. Afinal, é impossível supor que o Ministério Público Estadual, a Procuradoria da República e a Polícia Federal não estejam acompanhando de perto o desenrolar dos acontecimentos, inclusive nas barras dos tribunais e nas salas acanhandas onde são realizadas as licitações públicas. Se não estão, são relapsos.
            Entretanto, é imperativo que essas autoridades da Lei fiquem de olho nas milionárias campanhas eleitorais que, via de regra, é a raiz do principal mal que se abate na política brasileira e penaliza a população – a corrupção.  
 
            Nas últimas semanas o custo das campanhas entrou na pauta da imprensa, nessa folha, também. Quando se afirma que uma disputa entre o prefeito Murilo Zauith (PSB) e um candidato do PMDB pode custar alto em torno de R$ 20 milhões (para cada candidatura) não é nenhum exagero. Um candidato a vereador de ponta, por exemplo, precisará da bagatela de R$ 400 mil a 500 mil para conquistar um assento na Câmara Municipal. Nos quatro anos de mandato jamais será reembolsado através dos salários.
 
            Como são poucos os milionários que se dispõe a entrar na vida pública com mandato eletivo, como Murilo Zauith, os candidatos são financiados, principalmente, por empresas interessadas na repartição do bolo do dinheiro público, que para ser “consumido” requer licitações públicas. É aí que mora o perigo.
 
            Os pré-candidatos do PMDB, os deputados federais Geraldo Resende e Marçal Filho, e a vereadora Délia Razuk, vêm recebendo recados depressivos de Campo Grande de que André Puccinelli não abastecerá com dinheiro a campanha em Dourados, ao contrário de outros municípios. Então cabe a pergunta: de onde vêm esses recursos. Do caixa do governo do Estado (ilegal)?  Do cofre particular (?) do próprio governador? A resposta: de empreiteiras e outras grandes empresas fornecedoras do Governo MS, que evidentemente não são exemplos de benevolência, ao contrário visam exclusivamente lucro.
 
            Definitivamente a Operação Uragano não está intimidando os poderosos de plantão quanto ao financiamento de campanhas eleitorais, o que é um acinte às autoridades do Judiciário e aos promotores de Justiça.
 
Telegráfica
 
Já passou da hora da execução de amplo programa de capacitação de mão-de-obra em Dourados. Há carência em todos os setores.
 
Retranca
 
 
Descartado – Pode até ser vencedora a tese do empresário e vice-presidente do Diretório Municipal do PMDB, Antonio Nogueira, de coligação com o PSB de Murilo vencedora. Mas, seu nome será vetado por Geraldo Resende para ser o vice na chapa.
 
Ponto – A estratégia do prefeito Murilo Zauith de recapear, com recursos próprios, as principais artérias de Dourados, como as ruas Ponta Porã, Monte Alegre e Cel. Ponciano é aprovada até por adversários. Está agradando “gregos e troianos”.
 
Acordão – Bastidores da Câmara Municipal revelam a existência de suposto acordo entre a Prefeitura e 11 dos 12 vereadores com o objetivo de turbiná-los na reeleição. Até Elias Ishy, do PT, estaria no esquema. O “xiita” Cido Medeiros seria o único renegado.
 
Armadilha – Na pesquisa do Ibope para decidir se o PMDB lança candidato em Dourados, um detalhe curioso: o nome do prefeito Murilo foi incluindo como um dos aliados de Puccinelli junto com Geraldo Resende, Marçal Filho e Délia Razuk.
 
“Companheiros” – O presidente da combalida AL de MS Jerson Domingos voltou a defender a aliança entre PMDB e PT em 2014, com Delcídio governador e Puccinelli senador. Para isso acontecer basta um recuo de Nelsinho Trad, o que é pouco provável. 
 
Fumaça – São cada vez mais frequentes os comentários de que duas empresas do agronegócio douradense (sucroenergético e proteína animal) estariam em sérias dificuldades financeiras. Mais de mil trabalhadores já teriam sido demitidos. 
 
Reflexão
 
‘Não há inocentes; só aqueles que ainda não nasceram ou os que já estão mortos podem aspirar à inocência.’ (Stig Dagerman)
 
‘Existem três cachorros perigosos: a ingratidão, a soberba e a inveja. Quando mordem deixam uma ferida profunda.’ (Lutero)
 
‘Quem nada teme não é menos poderoso que aquele a quem todos temem.’
(Friedrich Schiller)
 

Fonte: Folha de Dourados

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