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Empresário esta sendo julgado por homicídio em Dourados

Crime do Hotel – 06/04/2009

Começou com cerca de 20 minutos de atraso na sala de júri do Fórum de Dourados, o julgamento do empresário Leonir Nilo Martini, de 52 anos, acusado de ter matado uma pessoa há nove anos na cidade.
Com quatro homens e três mulheres formando o corpo de jurados, o empresário que era proprietário do Hotel Denise e de outros similares no ramo em Dourados, está respondendo pela morte de Carlos Alberto dos Santos, de 34 anos, crime este ocorrido na portaria do Hotel Guanabara, que até os dias atuais funciona no Jardim Maipú, na periferia da cidade.
A vítima que na época do crime trabalhava como porteiro do hotel, foi morta com três tiros efetuados pelo empresário, por volta das 23 horas da noite de 29 de julho de 2000.
TRAIÇÃO E O CRIME
O crime teria acontecido por motivos passionais, segundo apurou as investigações que foram desenvolvidas pela polícia.
Na época dos fatos, o empresário era casado há 19 e sua ex-esposa, administrava o Hotel Denise, atualmente interditado, localizado no centro da cidade, enquanto que Leonir Martini cuidava de outros negócios.
Aproximadamente um ano antes dos fatos acontecerem, em abril de 1999, o casal adquiriu as instalações do Hotel Guanabara no Jardim Maipú.
Como eles precisavam de um administrador, a mulher de Leonir Martini contratou Carlos Alberto, sob o argumento de que ela já o conhecia havia pelos menos sete anos, pois esse era hóspede de seu hotel, o Denise, que era também de propriedade do casal.
Desconfiado que a mulher estivesse mantendo um caso amoroso com Carlos Alberto, o empresário resolveu contratar um detetive particular para sanar suas dúvidas.
Na noite dos fatos, o detetive particular foi ao encontro de Leonir Martini para entregar a ele o relatório por escrito sobre as investigações de que estaria sendo traído, e após entregar a gravação feita através de equipamentos no interior de um dos hotéis, o empresário ao ouvir a fita e constatado a traição da mulher, tomado de ira, muniu-se de um revólver e dirigiu-se ao Hotel Guanabara e disparou três tiros contra o suposto “ricardão” como se diz na gíria policial, matando-o na portaria, entre o balcão e a parede da recepção.
A vítima morreu na hora.
Em seguida, o empresário se evadiu do local, porém, posteriormente se apresentou espontaneamente no 2° DP (distrito policial).
A vítima apresentava ferimentos no tórax esquerdo e na nuca.
Como não havia testemunhas presenciais, o boletim de ocorrências, lavrado no dia dos fatos, não trouxe o autor do crime, pois sua autoria só foi desvendada, quando o acusado se apresentou espontaneamente, acompanhado do seu advogado Isaac de Barros Junior, que está no júri de hoje, defendendo-o no plenário.
Isaac de Barros informou à reportagem que iria trabalhar com a tese de legitima defesa da honra e da vida, uma vez que segundo consta, a vítima estaria planejando matar o seu cliente. Já a acusação não adiantou qual seria a sua tese para convencer os jurados a condenar o réu. (Waldemar Gonçalves – Russo)
 

Fonte: Folha de Dourados

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