A morte de Gabriel Assis Nunes, de 27 anos, assassinado a tiros na manhã de domingo (28) na Vila Moreninha III, em Campo Grande, expôs a vulnerabilidade de uma área marcada pela falta de iluminação pública, ruas de terra e presença constante de usuários de drogas.
A reportagem do Campo Grande News esteve no local e encontrou silêncio entre os moradores, que descrevem a região como dominada pelo fluxo de pessoas ligadas ao consumo de entorpecentes. “É uma região tomada por usuários”, resumiu um morador que preferiu não se identificar.
Apesar disso, vizinhos de ruas próximas relataram que convivem com a fama de violência há anos. Cláudio Barros, morador há 16 anos, afirmou que não se surpreende com o homicídio, já que a área mais vulnerável do bairro concentra roubos e movimentações suspeitas. Outros moradores, como Rita Eijo, de 54 anos, reforçam o medo cotidiano e reclamam da ausência de iluminação pública, que aumenta a insegurança.
Segundo depoimentos, Gabriel e o irmão haviam se envolvido em uma discussão no dia anterior com um homem conhecido como “Gordinho”, por conta de um celular furtado. No domingo, o jovem foi abordado por Fabrício de Lima Ferreira, de 20 anos, que desceu de um Volkswagen Gol branco armado com um revólver. Após agredir Gabriel com uma coronhada e ameaçá-lo, o suspeito efetuou disparos, atingindo o tórax do rapaz.
Gabriel foi levado pelo irmão à UPA Moreninha, mas não resistiu. O caso foi registrado como homicídio simples, lesão corporal e tentativa de homicídio. O suspeito fugiu e segue sendo procurado, enquanto o GOI (Grupo de Operações Investigativas) acompanha as investigações.
Conforme o Campo Grande News, o episódio reforçou o clima de medo e insegurança entre os moradores da região.
