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Homem com fratura grave aguarda cirurgia há 10 dias e teme sequelas em Campo Grande

O paciente Anderson Barros da Silva, vítima de um acidente de moto, está internado há cerca de dez dias na Santa Casa de Campo Grande sem ter passado por cirurgia ou recebido avaliação médica adequada, segundo denúncia feita pela irmã, Silvana Barros da Silva. O caso foi relatado nesta sexta-feira (26).

De acordo com Silvana, Anderson sofreu um acidente e teve fratura exposta, quebrou o membro em três pontos e também a clavícula. Ele foi socorrido pelo Samu e encaminhado diretamente à Santa Casa, onde permanece internado desde então, aguardando cirurgia, há cerca de 10 dias.

A irmã relata que, durante todo o período de internação, o paciente não recebeu sequer uma visita médica. Hipertenso, Anderson estaria sentindo dores intensas, com perda de movimento nos dedos, episódios de vômito, formigamento, dor de cabeça e picos de pressão, agravados pela falta de atendimento e pela demora no procedimento cirúrgico.

Silvana afirma que, após a publicação de uma matéria sobre o caso, uma funcionária do hospital teria ido até o leito do paciente para dizer que “não adiantava nada publicar, porque ele não seria operado”. A família procurou o SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) da Santa Casa, registrou reclamação formal e foi informada de que a situação seria repassada à direção-geral.

Hoje, (26), após cerca de dez dias de internação, a família recebeu ligação do SAC informando que não há previsão para a cirurgia. O nome do paciente teria sido incluído em uma lista de transferência, mas a remoção depende da aceitação por outro hospital, já que as unidades estariam lotadas.

“Em nenhum momento eu falei mal da equipe do hospital. A gente entende a situação difícil, mas o paciente também tem direitos. O meu irmão está há dez dias internado, com fratura exposta, sem uma visita médica. A gente só quer que ele seja operado, seja aqui ou em outro hospital, para poder ir para casa. É desumano, e não é só ele, tem várias pessoas na mesma situação”, afirmou Silvana.

A família diz que não sabe mais a quem recorrer e teme o agravamento do quadro clínico, incluindo risco de infecção e sequelas permanentes. Eles cobram uma solução urgente e um mínimo de dignidade no atendimento a um paciente nessas condições.

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