Redação –
Uma moradora de um condomínio residencial no bairro Jardim Monte Alegre, em Campo Grande, afirma ter sido agredida pela síndica após questionar serviços e decisões administrativas do local. Segundo ela, a confusão não teve relação com ameaças a animais, como chegou a ser divulgado inicialmente, mas sim com cobranças sobre a gestão condominial.
Conforme o relato da vítima, o desentendimento começou ainda pela manhã, quando ela questionou, por mensagem privada, o pagamento de jardineiros contratados. A dúvida era se o serviço havia sido pago por diária ou por valor fixo, já que, segundo a moradora, os trabalhadores permaneceram pouco tempo no condomínio. A mensagem foi visualizada, mas não recebeu resposta.
Diante da falta de retorno, ela levou o assunto ao grupo geral do condomínio. Mais tarde, por volta das 13h30, desceu à área comum com a filha de seis anos para colher acerolas, momento em que voltou a comentar com outra condômina sobre a poda das árvores frutíferas.
A moradora afirma que, ao perceber a conversa, a síndica teria se aproximado de forma hostil, dizendo que “manda” no condomínio e que passaria a “vigiar” seus passos. Diante do clima de tensão, a vítima iniciou uma gravação com o celular, mas contou que teve o aparelho tomado e arremessado ao chão. Na sequência, diz ter sido agredida, sofrendo fratura e hematomas, o que exigiu atendimento médico.
A moradora também negou ter ameaçado animais do residencial. Segundo ela, a única menção ao tema ocorreu cerca de 20 dias antes, quando cobrou, no grupo de moradores, a limpeza de fezes deixadas por cães que teriam sido adotados pela síndica.
Versão apresentada pela síndica
Já a síndica contou à Polícia Militar que foi procurar a moradora para conversar sobre questionamentos feitos no grupo do condomínio e porque ela teria ameaçado agredir cachorros do local. Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, registrado na Depac Cepol, as duas entraram em vias de fato e sofreram lesões.
Os policiais relataram hematomas no rosto da moradora e escoriações superficiais no rosto, pescoço e braços da síndica. Ela confirmou que arremessou o celular ao chão ao tentar impedir a gravação.
As duas mulheres foram encaminhadas à delegacia, onde o caso foi registrado como dano, lesões corporais recíprocas e vias de fato. A ocorrência será investigada pela Polícia Civil.


