Na noite de ontem, por volta das 22h15, a Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica no Conjunto Inacinha Rocha, em Maracaju. A denúncia informava que um homem estaria agredindo a esposa dentro da residência.
Ao chegar ao local, os policiais encontraram diversos moradores na rua, que indicaram a casa onde ocorreram os fatos. Segundo relatos de populares, o autor teria agredido fisicamente a companheira e tentado enforcá-la, fazendo com que a vítima saísse da residência em estado de desorientação, tomando rumo ignorado.
Em conversa com o autor, um homem de 44 anos, ele confirmou que havia discutido com a esposa. A equipe policial realizou buscas pela vítima e a localizou na rua, acompanhada de um familiar. A mulher, de 53 anos, relatou que convive com o autor há cerca de um ano e que ele se torna agressivo sempre que ingere bebida alcoólica, afirmando ainda que já sofreu outras agressões anteriores, inclusive com episódios de destruição de móveis da residência.
De acordo com o relato da vítima, nesta data o autor chegou em casa com bebida alcoólica, passou a ingerir o conteúdo e iniciou ofensas verbais, acusando-a de fatos relacionados a uma perda gestacional ocorrida anteriormente. Em seguida, o homem teria se apossado de um facão e desferido golpes nas costas da vítima, além de tentar enforcá-la, segurando-a pelo pescoço. A mulher conseguiu se desvencilhar, porém não conseguiu sair imediatamente da residência porque o portão estava trancado, passando então a gritar por socorro.
Um vizinho, ao perceber a situação, interveio verbalmente, pedindo que o autor soltasse a vítima. Com a movimentação de vários moradores, o agressor acabou liberando a mulher, que saiu correndo para a rua e buscou ajuda de familiares. Diante dos fatos, o autor foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Maracaju, sem lesões aparentes, para as providências legais cabíveis.
A violência doméstica é um crime grave e não pode ser tratada como um problema privado. A ingestão de álcool não justifica agressões físicas ou psicológicas, e qualquer sinal de violência deve ser denunciado imediatamente. A pronta atuação da comunidade e o acionamento das forças de segurança são fundamentais para proteger vítimas, interromper ciclos de agressão e evitar que situações como essa resultem em consequências ainda mais graves.

