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Greve na Santa Casa: Landmark cobra posicionamento do governador Eduardo Riedel

A greve iniciada por trabalhadores da Santa Casa de Campo Grande, nesta segunda-feira (22), reacendeu o alerta sobre a crise financeira do hospital e a responsabilidade do poder público diante do colapso anunciado. O vereador Landmark Rios (PT) afirmou que a paralisação é resultado direto da omissão do Estado e defendeu uma atuação imediata para garantir o pagamento dos salários e a continuidade do atendimento.

Segundo o parlamentar, o movimento dos trabalhadores é legítimo, já que o atraso no pagamento do 13º salário afeta milhares de profissionais que mantêm o hospital funcionando. Ao mesmo tempo, ele pondera que qualquer paralisação em um hospital de referência exige atenção redobrada. “A greve é um direito dos trabalhadores, mas estamos falando de um hospital que atende o Estado inteiro. Quando a Santa Casa entra em colapso, quem sofre primeiro são os pacientes”, afirmou.

A mobilização envolve enfermeiros, técnicos, administrativos e médicos, que rejeitam a proposta de parcelamento do 13º salário apresentada pela direção do hospital. A direção, por sua vez, alega dificuldades financeiras em razão do suposto atraso no repasse do Governo do Estado. Parte dos trabalhadores mantém o atendimento mínimo, mas a redução do efetivo já impacta serviços e aumenta a preocupação com a superlotação, cirurgias represadas e falta de insumos.

Para Landmark, a situação não pode ser tratada como um problema isolado da gestão hospitalar. “Há meses a própria Santa Casa alerta para o desequilíbrio financeiro. O Estado e o município não podem assistir a isso de braços cruzados. O Estado precisa cumprir sua parte, aportar recursos e evitar que vidas sejam colocadas ainda mais em risco”, defendeu.

O vereador cobrou posicionamento direto do governador Eduardo Riedel, ressaltando que a Santa Casa é a principal porta de entrada de alta complexidade do sistema de saúde em Mato Grosso do Sul. “Salvar a Santa Casa é salvar vidas. Pessoas estão nos corredores, nas UTIs, aguardando cirurgias. Não dá para normalizar esse cenário”, reforçou.

Em outubro a direção do hospital já havia anunciado risco de colapso financeiro. Além disso, a entidade também cobra na Justiça mais de R$ 46 milhões do município de Campo Grande, valor referente aos custos com atendimento durante a pandemia que até o momento não foram pagos.

Ao longo do mandato, Landmark tem mantido atuação constante na área da saúde, com fiscalizações em unidades, denúncias sobre falta de medicamentos e insumos, cobrança de transparência na gestão dos recursos públicos e defesa de planejamento para evitar colapsos como o que atinge agora a Santa Casa. O vereador afirmou que seguirá acompanhando o caso, cobrando providências e dialogando com os entes responsáveis para que os trabalhadores recebam seus direitos e a população não seja penalizada.

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