Redação –
Um menino de apenas 8 anos cortou o próprio pescoço com um caco de vidro ao presenciar o pai tentando enforcar a mãe durante uma briga na noite deste domingo (21), em uma residência localizada na Rua Francisco Luiz Sacomani, no bairro Jardim Los Angeles, em Campo Grande.
De acordo com o boletim de ocorrência, o casal estava ingerindo bebida alcoólica quando o homem iniciou uma discussão ao relembrar uma suposta traição da companheira com o próprio padrasto. Durante a briga, a mulher teria afirmado que “apenas não se casou com o amante porque ele não quis”, o que deixou o suspeito ainda mais exaltado.
Em meio à discussão, o homem agarrou a mulher pelo pescoço e precisou ser contido pela mãe dele. Ao presenciar a cena e bastante nervoso, o menino pegou um caco de vidro e acabou se ferindo no pescoço. O corte foi superficial e, apesar do susto, a criança não precisou de atendimento médico.
A Polícia Militar foi acionada e prendeu o agressor em flagrante. No local, os policiais constataram que a vítima apresentava marcas no pescoço e cortes na região cervical, compatíveis com a agressão relatada.
Durante o deslocamento para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam), os policiais foram abordados por moradores que informaram sobre outra briga de casal nas proximidades. Ao parar a viatura para averiguação e aguardar apoio, o suspeito passou a gritar dentro do compartimento de presos, dizendo sentir náuseas e falta de ar.
Ao abrirem o compartimento para que ele se recompusesse, o homem se mostrou agressivo, afirmou que não seria preso e tentou fugir. Neste momento, a companheira passou a gritar com os policiais, alegando que eles estariam tentando matar o marido, e chegou a abraçá-lo, dizendo que não queria mais registrar a ocorrência.
Toda a confusão voltou a acontecer diante do filho do casal. Para evitar nova tentativa de fuga, tanto o homem quanto a mulher precisaram ser algemados. Em seguida, a vítima pediu que uma vizinha levasse a criança até outra residência, onde ele ficaria sob os cuidados da avó paterna.
O caso foi encaminhado à Depac Cepol, onde os fatos foram registrados como vias de fato, lesão corporal e violência doméstica.

