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MS: construtora processou parlamentares antes de ser alvo em investigação

Meses antes de ser oficialmente citada em uma investigação sobre fraudes milionárias na iluminação pública de Campo Grande, a Construtora JLC Ltda acionou a Justiça contra dois parlamentares que haviam levantado suspeitas sobre sua atuação em contratos relacionados à iluminação e às luzes de Natal da Capital.

As ações judiciais ganharam novo peso após a deflagração da operação “Apagar das Luzes”, conduzida pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) com apoio do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).

A JLC é investigada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) por suposta participação em esquema de fraude à licitação, peculato, superfaturamento e uso de empresas de fachada em contratos financiados pela Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (Cosip). O prejuízo estimado pode ultrapassar R$ 110 milhões.

Processos contra Pedrossian Neto e Marquinhos Trad

Em 2025, os sócios da JLC ingressaram com duas interpelações criminais na Justiça de Campo Grande, fundamentadas no artigo 144 do Código Penal.

Uma delas tramita na 1ª Vara Criminal contra o deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD). A outra foi ajuizada contra o vereador Marcos Marcello Trad, o Marquinhos Trad (PDT).

Nos dois casos, os sócios alegam que os parlamentares divulgaram vídeos em redes sociais e grupos de WhatsApp questionando a legalidade da contratação da empresa para serviços de iluminação pública e iluminação natalina, especialmente após a JLC vencer, em 2025, a licitação para a implantação da Cidade do Natal.

Segundo os autores, Pedrossian Neto teria classificado a empresa como “suspeita” e insinuado parentesco dos sócios com a prefeita Adriane Lopes (PP), sugerindo favorecimento na licitação. Já Marquinhos Trad teria associado a contratação a irregularidades administrativas e morais, citando valores pagos em gestões anteriores.

Nos processos, a JLC sustenta que as declarações configurariam imputação indireta de crimes como corrupção e fraude à licitação, sem provas concretas. Por isso, pediu que os parlamentares fossem intimados a esclarecer judicialmente suas falas.

No caso de Pedrossian Neto, o juiz Roberto Ferreira Filho determinou, em decisão de 17 de dezembro de 2025, que o deputado seja intimado a prestar esclarecimentos em até cinco dias, conforme destacou o TopMídia News.

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