Juliel Batista –
Durante protesto realizado na manhã de domingo (14), em Campo Grande, o deputado federal Vander Loubet (PT), presidente estadual do Partido dos Trabalhadores em Mato Grosso do Sul, destacou a relevância estratégica do Estado para a direção nacional da sigla. A declaração foi feita em entrevista concedida ao jornalista Juliel Batista, da Folha de Dourados, durante a mobilização que teve como bandeiras a oposição à anistia, o “não” ao marco temporal e críticas ao Congresso Nacional.
Segundo Vander, a presença do presidente nacional do PT, Edinho Silva, no ato realizado no último sábado (13), em Campo Grande, simboliza o reconhecimento do trabalho de reorganização partidária que vem sendo conduzido no Estado e sinaliza um novo momento político para a legenda em Mato Grosso do Sul.
“A presença do presidente Edinho é uma demonstração do respeito e da forma com que a direção estadual está conduzindo esse processo de reorganização do partido, depois do PED, nas novas filiações e para preparar o nosso projeto político para 2026”, afirmou Vander.
O dirigente estadual ressaltou ainda que a visita de Edinho Silva coloca Mato Grosso do Sul entre os estados que passarão a ser prioridade para o PT nacional, com estímulo à construção de candidaturas próprias nas próximas eleições.
“A presença dele aqui é uma demonstração de que o Mato Grosso do Sul entra nos estados que vão ser priorizados com candidaturas próprias”, destacou.
“Ano que vem vamos fazer o ato oficial de lançamento. A gente quer resgatar o legado que deixamos quando o Zeca foi governador e projetar o futuro”
Durante a entrevista, Vander Loubet também revelou que a direção nacional avalizou a pré-candidatura de Fábio Trad, apontado como um nome competitivo e em crescimento dentro do partido.
“A candidatura do Fábio é extremamente competitiva, vem crescendo muito. Ele dialoga com um setor que nós perdemos nas últimas eleições, que é o centro. A militância do PT abraçou ele, e ele está conhecendo o nosso chão”, disse.
“A candidatura do Fábio é extremamente competitiva, vem crescendo muito.”
O presidente estadual do PT afirmou ainda que, com a vinda de Edinho Silva, houve uma sinalização clara sobre o projeto eleitoral para 2026 em Mato Grosso do Sul.
“Com a vinda do Edinho, ele lançou o Fábio aqui como nosso candidato a governador. Ano que vem vamos fazer o ato oficial de lançamento. A gente quer resgatar o legado que deixamos quando o Zeca foi governador e projetar o futuro”, pontuou.
Vander também avaliou positivamente o nível de organização do partido no Estado, citando a montagem das chapas proporcionais e majoritárias.
“O Edinho saiu daqui entusiasmado com o nível de organização nosso, com a montagem da chapa de estadual, federal e também com a candidatura ao Senado. A gente volta a ter a possibilidade de eleger um senador”, afirmou, ao mencionar que seu nome foi citado para a disputa.
“A gente volta a ter a possibilidade de eleger um senador”

Questionado sobre a possibilidade de diálogo com a senadora Simone Tebet, Vander foi cauteloso e disse que a conversa depende das definições políticas da própria parlamentar.
“Se ela optar por manter o título aqui e disputar pelo Mato Grosso do Sul, pra nós não tem problema dialogar, desde que seja apoiando o Lula e o Fábio. A partir daí, estamos abertos a discutir a tática”, explicou.
Na parte final da entrevista, Vander comentou sobre a presença da ex-primeira dama, Gilda dos Santos, como vice na chapa, destacando sua importância para a militância histórica do partido.
“A Gilda amplia mais que qualquer outro vice, porque ela traz as mulheres do PT e a militância histórica pela trajetória dela. Ela tem a capacidade de mobilizar e tem o apreço e o carinho do presidente Lula”, ressaltou.
“A Gilda amplia mais que qualquer outro vice, porque ela traz as mulheres do PT e a militância histórica pela trajetória dela”
Encerrando, Vander Loubet afirmou estar motivado com a nova missão à frente do partido e confiante no diálogo com a direção nacional.
“Nós estamos muito otimistas. O Edinho deixou claro que vai respeitar as decisões do diretório estadual. Não vai ter imposição, vai ter diálogo, mas a palavra final será da direção do Mato Grosso do Sul”, concluiu.
