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‘Homenagem à família Razuk Jorge’, por Abrão Razuk

Abrão Razuk – Advogado, ex-juiz de direito, ex-membro do TRE/MS por quatro mandatos, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, cadeira nº 18, e duas vezes vice-presidente.

Papai chegou em Campo Grande – MS, vindo do Oriente Médio.
Casado com Catun Domingos, minha amada mãe, mulher guerreira e digna. Era da Síria; sua cidade natal era Homs, a segunda maior cidade da Síria, menor apenas que Damasco, que é a capital.

Cuidou carinhosamente de sete filhos, a saber: Jorge Razuk, Tufi Jorge, João Razuk Jorge, Maria Razuk Abdulahad, Elias Razuk Jorge, Eduardo Razuk Jorge e Abrão Razuk (caçula).

Razuk Jorge
Meu amado pai: homem trabalhador, digno, honesto, corajoso, grande chefe de família e líder. Determinado, pai zeloso e amoroso.
Nasceu em Mardin, na Turquia. Pai protetor, provedor, homem do lar e comerciante vitorioso. Devo tudo ao meu pai e à minha mãe. Ela era baixinha, do lar e brava. Na casa, quem mandava era ela.

Dedico este Natal/25 ao papai e à mamãe, com carinho e, sobretudo, respeito.
Meu caráter e firmeza de honestidade devo a ambos. Eram íntegros.

Papai era amigo pessoal do líder da UDN, Dr. Vespasiano Barbosa Martins. Eu era menino e ia com papai à casa do senador, prefeito de Campo Grande e médico competente. Sua casa ficava na esquina da Rua XV de Novembro com a Avenida Calógeras, e era um sobrado.

Meu pai era um ser afável e valente. Amigo dos seus amigos e implacável com inimigos. Caridoso e muito inteligente, mormente no comércio. Amava o Brasil mais do que sua terra. Ambos eram católicos e pertenciam à Igreja Ortodoxa.

Papai ajudou muito na construção da Igreja Ortodoxa de Campo Grande – MS. Ele dizia que o Brasil era um país abençoado. Nunca mais voltou para sua terra; aqui era sua pátria, que o recebeu como imigrante árabe e onde criou e viveu com sua família.

A mamãe só falava árabe, e aprendi o árabe com ela. Ouvia música árabe com papai, que escutava pela rádio do Egito, no Cairo, principalmente Farid Al Atrache, Fairuz, etc.

Concluo que meu caráter rígido e meu acendrado amor pela dignidade e pela justiça nasceram deles.
Fui magistrado por 11 anos, por concurso e pelo quinto constitucional. Tenho profundo respeito pelo Poder Judiciário de MS, onde tive a honra de ser magistrado rígido, justo e absolutamente íntegro.

Alah Karim
Tradução: Deus é grande.

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