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Sindicato Rural de Dourados e Expoagro: ‘motores’ do desenvolvimento regional

Nesta segunda-feira (01), é dia de rememorar o legado do Sindicato Rural de Dourados publicado no livro ACED 80 Anos – Uma História de Sucesso, lançado em 29 de maio de 2025; leia a seguir…

O início da história do Sindicato Rural de Dourados se dá em 1951, com a criação da Associação Rural de Dourados, culminando com a aprovação, em 1968, dos Estatutos Sociais e outorga da carta sindical à entidade, pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social.

No mesmo ano de 1968, na gestão de Gustavo Adolfo Pável, o Sindicato muda-se da região conhecida, na época, como “Cabeceira Alegre” para o Parque de Exposições “João Humberto de Carvalho”. A área, de 10 hectares, tinha sido doada pela família Carvalho.

A primeira expansão aconteceu em 1997, quando o então presidente, Domingos Sávio, adquiriu mais 10 hectares; em 1999, na gestão do presidente Issao Iguma, a área foi novamente ampliada para 40 hectares.

Assim, a trajetória do Sindicato Rural de Dourados se confunde com a do município, o que reforça a ideia de que a cidade é alta mente dependente do meio rural para incrementar sua economia, por meio da geração de empregos, divisas e distribuição de renda. É o que garante o perfil da mais importante localidade do interior de Mato Grosso do Sul.

Todas as diretorias que somaram esforços na condução do Sindicato Rural de Dourados desempenharam papel estratégico no crescimento econômico do município. Os presidentes e demais dirigentes, conforme demonstram os registros históricos, empenharam-se na defesa dos interesses da agropecuária por entenderem que, somente por meio do fortalecimento desse segmento, seria possível consolidar a liderança da cidade na produção de alimentos e, consequentemente, gerar divisas para investimentos públicos em infraestrutura, logística, entre outros.

O médico e ex-prefeito, Nelson de Araújo, foi o primeiro presidente do Sindicato Rural de Dourados, no período de 1951 a 1954; o segundo foi o empresário agrícola Rubens Malta de Souza Campos (1954 a 1956); o terceiro, Osvaldo Wolf (1956 a 1959), que exerceu também o mandato de vereador por duas legislaturas; o quarto, Celso Müller do Amaral (1959 a 1963), o qual, além de professor, exerceu o cargo de vereador; o quinto, José Aparecido Ambrósio (1963 a 1966), foi também um dos fundadores do Clube Indaiá; Antônio Franco da Rocha (1966 a 1969) foi o sexto presidente do Sindicato.

Continuando o time de lideranças na gestão sindical, Zeferino Vicente Almeida foi o sétimo presidente, no período de 1969 a 1972; o oitavo presidente foi Wilson Benedito Carneiro (1972), o nono, Orestes D’Ávila Lima (1972 a 1974); o décimo, Gustavo Adolfo Pavel (1974 a 1985); o décimo primeiro, Cícero Irajá Kurtz (1985 a 1991); o décimo segundo, Érico Girardelo Stefanello (1991 a 1992); o décimo terceiro, Domingos Sávio de Souza e Silva (1992 a 1999); o décimo quarto, Issao Iguma Filho (1999 a 2002); o décimo-quinto, Gino José Ferreira (2002 a 2008); o décimo sexto, Marisvaldo Zeuli (2009 a 2014), seguido por Lúcio Damália (2015 a 2020), o décimo sétimo.

No período do processo de produção deste livro, o Sindicato Rural de Dourados era presidido por Ângelo Ximenes, cujo mandato teve início em 31 de outubro de 2020, com término em 30 de novembro de 2024. Na oportunidade, o então vice-presidente, Gino José Ferreira, foi eleito para o quadriênio compreendido entre 1º de dezembro/2024 a 30 de novembro/2028.

Muito mais do que entidade de classe

O Sindicato Rural de Dourados, com sua história de mais de seis décadas, é muito mais que uma entidade de classe. É um verdadeiro pilar do agronegócio regional, representando proprietários, arrendatários, parceiros e comodatários que se dedicam à produção rural. Sua missão vai além da defesa de interesses econômicos, englobando ações de formação, sustentabilidade e desenvolvimento social.

Para Ângelo Ximenes, o trabalho do sindicato “fomenta um ciclo virtuoso de crescimento, onde a valorização do campo reflete diretamente na qualidade de vida da cidade”. Ele explica que a entidade, desde a sua criação, oferece suporte técnico, jurídico e de capacitação, preparando agricultores e pecuaristas para os desafios do mercado atual. “Quando fortalecemos o agro, toda Dourados cresce junto,” conclui.

Uma das maiores vitrines da força do setor é a Expoagro, tradicional evento que, ao longo de 58 anos, consolidou-se como uma das mais importantes feiras agropecuárias do país.

Defendendo o produtor

O Sindicato Rural de Dourados, como entidade sindical de 1º grau, é indispensável para a transferência de informações essenciais aos produtores, desde as relativas à legislação agrícola até as referentes a orientações jurídicas e previdenciárias. Sua missão de congregar, defender e representar os interesses dos produtores rurais tem sido cumprida com excelência, fortalecendo o agronegócio na região.

A entidade não apenas promove eventos e fomenta o desenvolvimento econômico, mas também atua como pilar essencial para a segurança jurídica e a defesa dos interesses do produtor rural. Em um cenário marcado por desafios, como o da insegurança jurídica no campo e o do aumento de custos de produção, a entidade desempenha papel crucial na proteção e orientação dos produtores.

Defesa da propriedade rural: Por meio da Comissão de Assuntos Fundiários, o sindicato trabalha para garantir os direitos dos produtores em relação à posse e uso de suas terras. Em tempos de instabilidade, como as crescentes invasões de propriedades rurais em Mato Grosso do Sul, a entidade atua como porta-voz dos agricultores junto aos poderes públicos, buscando soluções efetivas e proteção legal.

Atualização legislativa: O sindicato é fonte confiável de informações sobre mudanças nas legislações agrícola e agrária. Essa função é indispensável para que os produtores compreendam e se adaptem às novas exigências, como as relacionadas a tributos, regularização fundiária, licenciamento ambiental e políticas públicas.

Orientação jurídica e trabalhista: Além de questões fundiárias, o sindicato oferece suporte aos associados sobre temas trabalhistas, previdenciários e contratuais. A orientação especializada evita conflitos e garante que os produtores mantenham suas operações dentro dos padrões exigidos pela lei.

Interlocução com o poder público: Representando a classe em comissões municipais de Segurança Pública, Habitação e Sanidade Animal, a entidade atua diretamente para solucionar questões locais que impactam o dia a dia do produtor, como infraestrutura, transporte e saúde pública no campo.

Prevenção e mediação de conflitos: Em meio a um ambiente rural cada vez mais complexo, o sindicato busca resolver conflitos por meio do diálogo e da mediação, contribuindo para a estabilidade e o progresso do setor.

Sindicato Rural de Dourados e Expoagro: ‘motores’ do desenvolvimento regional

Impacto econômico da Expoagro

A Expoagro é mais do que um evento; é uma força propulsora da economia regional. Negociações envolvendo maquinários, in sumos e tecnologias agrícolas são o carro-chefe, com revendedores, fabricantes e instituições financeiras atuando diretamente no fomento ao setor. Em 2023, a feira ultrapassou a marca de R$ 950 milhões em negócios, o que reflete a força do agronegócio em Dourados e região.

Além disso, a feira é uma plataforma de capacitação e atualização para produtores rurais, com agenda robusta de palestras, seminários e exposições de novas tecnologias. Essas iniciativas visam a aumentar a produtividade, a sustentabilidade e a competitividade do setor.

Resiliência do agro: Expoagro Digital

Quando a pandemia da Covid-19 ameaçou paralisar eventos em todo o mundo, a Expoagro se reinventou. Sob a liderança do presidente do Sindicato Rural de Dourados, Ângelo Ximenes, nasceu a Expoagro Digital, a primeira feira agropecuária on-line do Brasil. Em 2021, mesmo em formato virtual, o evento movimentou mais de R$ 50 milhões, reunindo produtores, expositores e especialistas em um ambiente inovador.

 O Projeto Fazendinha é uma iniciativa educativa e prática que conecta estudantes, professores e a comunidade com o universo da agropecuária. Desenvolvido em ambientes como escolas técnicas e universidades, o projeto desempenha papel essencial no fomento ao conhecimento, na valorização do campo e na promoção de práticas agrícolas sustentáveis.

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