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PM detém suspeito que diz ter envolvimento com morte de cabeleireiro

Um homem foi detido na última quarta-feira (26) pela Polícia Militar por ter afirmado estar envolvido na morte do cabeleireiro José Roberto Silveira, de 59 anos, encontrado amarrado e morto em sua casa no último sábado (22).

O corpo de Betto Silveira, como era conhecido, estava no chão no quarto dele com os punhos e joelhos amarrados por fios e amordaçado por uma toalha de rosto. Ele tinha hematomas nos braços, no ombro e no nariz (veja mais abaixo).

De acordo com a PM, o suspeito foi abordado na Avenida Edgard Facó, Freguesia do Ó. Ao ver a equipe, o suspeito apresentou atitude estranha, e, ao ser abordado, contou que mora na Avenida Rio Branco e que estava envolvido na morte do cabeleireiro.

Ainda conforme a polícia, ele afirmou ter dado um golpe na cabeça de Betto. Disse também que estava usando a mesma roupa que aparecem nas imagens e o motivo do início da briga seria um pedido de dinheiro para o cabeleireiro, que se recusou a pagar. Ele foi ouvido no 72º DP, que acionou o DHPP.

Segundo apuração da TV Globo com a Polícia Civil, no entanto, o suspeito não teria envolvimento com o crime.

A TV Globo solicitou esclarecimentos à Secretaria da Segurança Pública, mas não obteve respostas até a última atualização desta reportagem.

Corpo achado amarrado

O corpo de Betto foi encontrado por um sócio e uma prima, após ele não responder a mensagens e ligações. A vítima morava em um sobrado com a mãe e mantinha um salão de beleza no andar de baixo do imóvel, que fica em Alto de Pinheiros.

Betto estava sem roupas, de joelhos no chão, com sinais de asfixia e de agressão. Segundo a Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência após ter sido chamada pelas testemunhas, o cadáver estava amarrado com fios de telefone ao redor dos joelhos e punhos.

Uma das hipóteses dos peritos é a de que criminosos usaram a fiação para estrangular a vítima.

Sob a cabeça do cabeleireiro estava um travesseiro. A boca dele estava “amordaçada por uma toalha de rosto presa com um fio branco semelhante ao de carregador”, informa trecho do boletim de ocorrência do caso, registrado inicialmente no 14º Distrito Policial (DP), Pinheiros.

Ainda segundo o relato dos policiais militares que foram até o imóvel, além dos sinais de asfixia, havia marcas de agressões pelo corpo de Betto. “Constatou-se ainda equimoses nos braços, ombros e região nasal”, informa o registro policial. “No braço direito, verificou-se lesão compatível com marca de mordida”.

Faca e sangue

Vídeo mostra dois homens saindo de casa de cabeleireiro antes de ele ser encontrado morto

Outro fato que chama a atenção dos investigadores é a faca encontrada na pia do banheiro da casa. Ela não estava manchada de sangue. Mas foi encontrado sangue no travesseiro e num lençol do quarto.

Peritos da Polícia Científica também analisam o material encontrado na residência para saber se o sangue é de Betto e se a faca foi usada para ameaçá-lo. Aparentemente a vítima não teria sido esfaqueada.

No mesmo imóvel moram a mãe idosa do cabeleireiro e dois inquilinos, que alugam os fundos da casa. Os três foram ouvidos como testemunhas e disseram à polícia não ter ouvido ou visto nada de diferente na residência.

Um detalhe: um dos locatários contou que, no início da madrugada, Betto “bateu na sua porta pedindo uma [folha de] seda e uma toalha”. A seda seria usada para consumir maconha. E que diante disso pensou que o cabeleireiro estava com alguém mais no imóvel.

O DHPP está ouvindo depoimentos de outros familiares e amigos da vítima para tentar buscar informações que possam ajudar a esclarecer o assassinato. Já se sabe que um ex-namorado havia dado queixa antes à polícia contra Betto – que o estaria ameaçando após o término do relacionamento há cerca de dois meses.

Após o fim do namoro, Betto entrou num aplicativo de relacionamentos, onde conheceu outros homens com os quais se relacionou.

Uma vizinha contou à polícia que ouviu barulhos e vozes na madrugada, além do portão sendo aberto, mas não percebeu que poderia se tratar de uma situação de violência.

“O veículo utilizado pela vítima, obtido por meio de locação, foi apreendido e periciado, e a equipe trabalha no mapeamento dos trajetos percorridos, com o objetivo de reconstruir os momentos anteriores e posteriores ao crime”, informa trecho da nota da Secretaria da Segurança Pública (SSP) sobre a investigação do caso pela polícia.

(Informações G1)

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