O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado por jornalistas neste sábado (22) sobre a prisão preventiva do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL). Ao ser questionado em frente à Casa Branca, em Washington, Trump disse que ainda não tinha conhecimento da notícia e, após a confirmação, limitou-se a afirmar que considerava “uma pena” a prisão, segundo informações do Jornal Midiamax.
Bolsonaro é considerado aliado de Trump. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado chegou a ser usada pelo líder americano, em agosto, para justificar a aplicação de uma tarifa de 50% sobre alguns produtos brasileiros, alegando que o julgamento era uma “caça às bruxas”.
Após negociações com o governo brasileiro, os Estados Unidos anunciaram na última quinta-feira (21) a retirada da tarifa extra de 40% aplicada a mercadorias brasileiras desde 13 de novembro. A lista de produtos beneficiados inclui carnes, café, açaí, coco, castanhas e outros itens agrícolas.
Prisão domiciliar e risco de fuga
Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, determinada pelo ministro Alexandre de Moraes por descumprimento de medidas cautelares. À época, Moraes afirmou que o ex-presidente utilizava redes sociais de aliados — incluindo seus filhos parlamentares — para divulgar mensagens de incentivo a ataques contra o STF e apoio à intervenção estrangeira no Judiciário brasileiro.
Na madrugada deste sábado (22), Moraes apontou indícios de fuga, destacando que houve violação da tornozeleira eletrônica às 0h08. Segundo o ministro, a tentativa de romper o equipamento visava facilitar a fuga, aproveitando a confusão causada pela manifestação convocada por Flávio Bolsonaro (PL-RJ) em frente à casa do pai.
O caso segue em repercussão internacional, com a prisão preventiva de Bolsonaro sendo acompanhada de perto por autoridades e pela imprensa mundial. (M.E)

