José Tibiriçá Martins Ferreira (*) –
Há dias muitos se fala e hoje começa oficialmente essa reunião ate o dia 21. Ela teve início na cidade do Rio de Janeiro em 1992 na época do presidente Fernando Collor de Mello e o governador do Rio de Janeiro Leonel de Moura Brizola.
Está sendo realizado em Belém e depois de 33 anos parece que os problemas continuam os mesmos. Muito se ouve falar nas consequências como enchentes e seca, uma realidade que tem afetado o mundo todo. Nesse domingo assisti uma reportagem sobre uma região nordestina onde estão tentando recuperar a a Catinga que em alguns lugares se tornou um deserto e a sobrevivência do ser humano, da faúna e dos animais está em risco. Mas já está tendo resultado positivo após ser plantado nos locais sementes originárias da região onde o verde esta resdurgindo.
O agronegócio tem se expandido no nosso país e na década de 80 chegou MATOPIBA, região do país que forma a última grande fronteira, um acrônimo que une o Maranhão, Tocantins, Piaui e Bahia. Há alta produtividade, embora encontre desafios nas áreas ambientais e sociais.
Algumas regiões do país têm cada uma o percentual da reserva florestal no caso do nosso Estado Mato Grosso do Sul é de 20%, mas a maioria das propriedades por falta de fiscalização e cultura do agricultor não respeita o percentual. Está na hora de atentarmos para esse problema, veja o que tem acontecido na região sul nesses dias atrás, é a revolta do meio ambiente. Cada um devia fazer um esforço para recuperar o seu espaço, replantando na sua propriedade rural árvores nativas e frutíferas. Aqui em Dourados a Prefeitura tem um horto florestal e fornece diversas mudas árvores para os interessados de graça as mudas.
No dia 22 e 23 de setembro próximo passado, ganhei 25 mudas de jequitibá, amoreira, cajueiro, ipê roxo, goiabeira e jabuticabeira que já estão plantadas na área da nossa Chácara São João e Penha na Picadinha.
No fundo desta propriedade há o córrego potreiro que nasce no fundo do cemitério às margens da avenida Abilio Ferrrira e na propriedade do vizinho Neri Decian e no seu percurso até chegar à nossa propriedade a sua vegetação está protegida em ambas as margens. Infelizmente quando chega na rodovia com destino a oul propriedades cortando outra prioridades a uma distância de cerca de 800 metros a realidade é outra e vai raleando cada vez mais, cujo riacho se encontra com outros até desaguar no Rio Dourados.
Seria interessante que os órgãos governamentais municipais, estaduais e federais cobrassem dos proprietários efetivamente a sua preservação, porque há leis, mas há omissão do poder publico na ação.
Em muitas lavouras, infelizmente o herbicida que é usado no combate das lagartas e outros insetos têm prejudicado principalmente as árvores frutíferas nas áreas próximas, pois alguns usam produtos não recomendados, comprados no Paraguai e aqui proibidos.
Na pulverização é levado pelo vento a grandes distâncias e tem afetado principalmente na floração das plantas frutíferas. Talvez isso tenha também aumentado junto aos que manejam esse produto a incidência de câncer. Perdemos recentemente o amigo Valcídes Meireles Lopes. Agricultor que não era fumante e nem bebia, mas sempre se dedicou ao plantio de soja e milho na propriedade familiar.
Essa é a minha opinião, não entendo da àrea de saúde, mas como na nossa região tem aumentado o número de pessoas com esta doença deve haver algo estranho acontecendo. Para ajudar nessa luta está sendo construído no km 10, próximo da Brigada do EB o Hospital do Amor com auxílio de entidades privadas e da população.
Mas em primeiro lugar precisa haver também uma ação para descobrir o porquê do aumento dessa doença que tem ceifado a vida da nossa população.
É urgente a necessidade da revitalização do Rio Dourados que nas suas margens desde as nascentes que se iniciam no Município de Antônio João, têm recebendo dos seus em cujas margens há muitas lavouras.
Dourados-MS, 10 de novembro de 2025.
(*) Advogado e produtor rural na Picadinha.

