O homem de 27 anos, acusado de matar Carla Andriele Ribeiro Martins na Vila do Ovídio, em Maracaju, a 149 quilômetros de Campo Grande, teve a prisão preventiva decretada na última terça-feira (4).
O acusado, de nacionalidade paraguaia, está preso desde segunda (3), dias depois da morte de Carla. A vítima foi encontrada morta com o pescoço quebrado, sinais de luta e violência sexual na última sexta-feira (31), às margens de um córrego da região.
Na tarde de quarta-feira (4), o homem foi submetido a audiência de custódia. Antes da audiência, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) solicitou a prisão preventiva do acusado. Já a Defensoria Pública solicitou a liberdade provisória mediante imposição de medida cautelar diversa da prisão.
Durante a audiência, o juiz de Direito, Marco Antonio Montagnana Morais, entendeu que não é o caso de se homologar o flagrante, por não tratar o caso concreto de nenhuma das hipóteses previstas no art. 302 do Código de Processo Penal. Entretanto, ele decretou a prisão preventiva do acusado e determinou a expedição do mandado de prisão.
“[…] decreta a prisão preventiva do conduzido, a fim de garantir a ordem pública e a aplicação da lei penal em caso de eventual condenação, o fazendo por estar presente a prova da materialidade delitiva e indícios suficientes de autoria em desfavor do conduzido, por ser o delito concretamente grave, e por não se ter certeza da identidade declarada pelo conduzido”, determinou o magistrado.
Relembre o caso
Na data do crime, um fato teria chamado atenção dos policiais. Isso porque a PM (Polícia Militar) foi acionada por volta das 17h59, entretanto, o comunicante revelou que havia localizado o corpo por volta das 15h, ou seja, ele acionou a polícia somente quase três horas depois.
Câmeras da região flagraram Carla conversando com um homem em uma bicicleta, por volta das 22h da noite do crime, muito perto do local onde seu corpo foi encontrado.
A Perícia Técnica Científica de Dourados, acionada juntamente da Polícia Civil, encontrou fortes indícios de um crime violento. De acordo com as análises preliminares no local, havia sinais claros de que Carla lutou intensamente com seu agressor antes de ser morta.
Além disso, o corpo apresentava sinais de estrangulamento ou esganadura. Laudos periciais detalhados serão cruciais para confirmar oficialmente a ocorrência do abuso sexual e determinar a causa da morte. (Midiamax)

