(*) Por Bosco Martins –
Sou de Jaboticabal (SP), e confesso que senti um misto de orgulho e emoção ao ver César Tralli, conterrâneo da minha terra, assumir a bancada do Jornal Nacional ao lado de Renata Vasconcellos, substituindo o lendário William Bonner, que se despediu após quase três décadas no ar.
Na noite da histórica sexta-feira (31/09), o último “boa noite” de Bonner parou a web e marcou o fim de uma era na televisão brasileira. Foram 29 anos à frente do principal telejornal do país — 26 deles como editor-chefe — sempre com credibilidade, serenidade e um raro senso de responsabilidade jornalística.
Nos bastidores, uma imagem simbólica sintetizou o momento: Bonner sorridente entre Renata e Tralli. A foto, publicada nas redes da Globo, viralizou e comoveu o público. Li comentários que resumiam bem o sentimento coletivo: “Fim de uma era! Bonner é sinônimo de respeito.” E outro que dizia: “Boa sorte ao Tralli, que tem o desafio de continuar esse legado com o mesmo brilho.”
Como jornalista e espectador, vejo nessa transição um marco histórico. Tralli, com sua trajetória sólida e elegância profissional, inicia um novo ciclo do JN. Bonner, por sua vez, segue para uma nova fase na Globo, preparando-se para dividir o comando do Globo Repórter com Sandra Annenberg em 2026 — um reencontro aguardado por todos nós. Uma era se encerra, outra começa nesse novo capítulo da história da TV brasileira.
(*) Bosco Martins é escritor e jornalista


