Por Abrão Razuk – membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras – Cadeira 18.
O Iluminismo foi um movimento intelectual e filosófico que surgiu na Europa no século XVIII, também conhecido como Século das Luzes. Esse termo vem do francês “Lumières” que significa “luzes”, simbolizando a busca por conhecimento e sabedoria.
Princípios básicos do Iluminismo: a razão, empirismo, ceticismo, individualismo, progresso.
Objetivos do Iluminismo:
Libertar a humanidade da ignorância e da superstição: promover a educação e a crítica à autoridade. Promover a tolerância e a liberdade; defender a liberdade de expressão, religião e pensamento. Fomentar o progresso científico e econômico; aplicar a razão e a ciência para melhorar a vida das pessoas.
Pensadores importantes do Iluminismo:
Immanuel Kant, Voltaire, Montesquieu e Jean-Jacques Rousseau, Adam Smith.
O Iluminismo teve um impacto profundo na humanidade, influenciando a Revolução Francesa, a independência dos EUA e o desenvolvimento da democracia moderna.
Voltaire foi o filósofo que despertou o Iluminismo.
Nasceu em 1694 e morreu em 1778 na França, com 84 anos.
Alguns enfoques sobre ele: lutou contra a intolerância e o fanatismo. Passou a sua juventude em Paris e era de espírito rebelde. Esteve preso na Bastilha.
É o grande nome do Iluminismo.
Para ele, a educação era o único caminho para a paz social.
A ignorância é a mãe da servidão.
Voltaire defendia a liberdade de expressão, a tolerância religiosa e o uso da razão e da ciência. Ele criticava ferozmente a superstição, o fanatismo e a intolerância, especialmente a relação entre a igreja e o Estado, e lutava pela igualdade jurídica, acreditando que todos deveriam ser tratados igualmente perante a lei.
Era deísta. A crença em um Deus criador que não interfere nos assuntos humanos. Para ele, a razão era o caminho para entender a existência de Deus, não as cerimônias religiosas ou dogmas. Como Voltaire dizia, Deus: “se Deus não existisse, seria necessário inventá-lo”. Embora combatesse a Igreja Católica veementemente, não era ateu e sim deísta. Nessa linha deísta também foram, Spinoza e Albert Einstein.
O humor e a sátira eram instrumentos de severas críticas na defesa de seu ideal.
Ingressou na Academia da França e adquiriu, no fim de sua vida, grande prestígio, não só na França, como em toda Europa e no mundo. Onze anos após sua morte física, Voltaire consagrou-se como um grande pensador. Influenciou enormemente a Revolução Francesa, datada em 5 de maio de 1789, que irradiou esse pensamento inovador para todo o mundo. O principal motivo dessa revolução foi a desigualdade social. A crise econômica francesa era motivada pelos elevados gastos do país (o governo francês gastava 20% a mais do que arrecadava). Novos princípios eram a liberdade, igualdade e fraternidade. Houve a queda da Bastilha, em 14 de julho de 1789.
Como resultado da Revolução Francesa, houve a abolição e substituição da monarquia, da aristocracia e da separação da igreja do Estado, tornando-se o Estado laico, ou seja, houve a separação do Estado da igreja. Tornou-se uma república democrática.
Voltaire foi iniciado na Maçonaria, em 7 de fevereiro de 1778, apenas três meses antes de sua morte, na loja maçônica “Les Neuf Soeurs” de Paris.
Dizia: enfrentar o poder é pagar o preço de sua liberdade. O medo de pensar é uma prisão. Foi para Inglaterra e lá escreveu as Cartas Inglesas ou Cartas Filosóficas, em que pregava a tolerância religiosa e a liberdade de expressão e do pensamento.
Ele se comunicava com a sociedade através do envio de cartas.
É de sua autoria “O Dicionário Filosófico”.
Dizia: pensar é um ato de coragem. O amor não me ensinou a pensar. A razão sobre a intolerância. Aqui eu trabalho para os vivos e não para os mortos. Foi contra os abusos do clero, da nobreza e das injustiças. Voltaire dizia que a intolerância é o veneno mais doce do poder. Enquanto houver injustiça, mais haverá tinta na minha pena.
Os casos mais notáveis de perseguição religiosa e das injustiças praticadas que Voltaire defendeu foram os seguintes fatos: Jean Calas, François-Jean de la Barre, a família Sirven.
Combateu a intolerância religiosa, o fanatismo e a arbitrariedade do sistema judicial do antigo regime na França.
Pela pesquisa que eu fiz, foi um extraordinário homem de sabedoria e coragem. Logo, Voltaire foi um dos maiores pensadores do mundo e forte de personalidade. Destarte, considero muito importante o seu legado.
Essa pesquisa está baseada no YouTube, que registra sua saga, e na meta-inteligência artificial e de diálogos com intelectuais.
Campo-Grande, MS, 31 de outubro de 2025.
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