Redação –
Dois dos três investigados na Operação Fake Cloud ingressaram com pedidos de habeas corpus (HC) para tentar a liberdade. Os recursos foram protocolados na última quinta-feira (23) e ainda não foram distribuídos a um relator, que fará a análise liminar até o julgamento pelo colegiado.
Os pedidos serão apreciados pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), em data ainda a ser definida.
Investigação de fraude
A operação, conduzida pelo Gaeco e pelo Gecoc, apura fraudes em licitação de armazenamento de dados em nuvem em contrato de R$ 159 mil da Prefeitura de Itaporã.
Foram presos:
- Nilson dos Santos Pedroso, então secretário municipal de Governo e Gestão Estratégica de Corumbá (já exonerado);
- Lucas de Andrade Coutinho, empresário investigado pela terceira vez por corrupção;
- George Willian de Oliveira, proprietário da Citiz Tecnologia, empresa vencedora da licitação.
Além das prisões, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Itaporã, Campo Grande e Corumbá.
Como funcionava a fraude
Segundo o Gecoc/MPMS, com apoio do Gaeco, a investigação identificou um grupo que fraudava sistematicamente contratações públicas por dispensa de licitação voltadas à compra de licenças de sistemas de backup em nuvem desde 2022.
De acordo com o órgão, os empresários negociavam favorecimento ilícito com servidores públicos. Licitações eram simuladas e direcionadas para beneficiar uma empresa específica, por meio de propostas fictícias e exigências técnicas que impediam concorrentes de participar.
Em troca de informações privilegiadas, os agentes públicos recebiam vantagens indevidas. O grupo é investigado por organização criminosa, fraude em contratações públicas, corrupção ativa e passiva.
Origem do nome “Fake Cloud”
O nome da operação, “Fake Cloud”, faz referência ao objeto do contrato: o fornecimento de backup de dados em nuvem, que não era efetivamente prestado ao ente público.


