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Justiça investiga motivação de briga de trânsito que terminou em morte de irmãos


A Justiça do Paraná busca esclarecer se Nunes Silvério de Melo, de 41 anos, agiu em legítima defesa ou se planejou o assassinato dos irmãos Gilberto Vasconcelos, de 51, e Josiel Vasconcelos, de 40, mortos a facadas durante uma discussão no trânsito, em abril deste ano.

Segundo relato de um policial militar ouvido pela Justiça, populares informaram que Nunes reagiu ao acreditar que um dos caminhoneiros pegaria uma arma.

“Um dos caminhoneiros entrou no caminhão, o Nunes achou que ele ia pegar algum tipo de arma e pegou uma faca do seu caminhão para se defender. E quando os indivíduos retornaram, ele buscou a sua defesa e acabou esfaqueando os dois de forma fatal”, declarou o policial.

O Ministério Público do Paraná (MPPR), porém, sustenta que o crime foi premeditado. Testemunhas afirmaram ter visto Nunes descer do caminhão com um facão, o que, para a instituição, demonstra intenção de matar. No entanto, um laudo do Instituto de Criminalística do Paraná apontou que o facão não foi utilizado no crime, o teste para detecção de sangue humano deu resultado negativo, fato que pode alterar os rumos do processo.

Veja momento em que Nunes confessa o crime:

O que diz a defesa

A defesa de Nunes, representada pelo advogado Yuri Kozan, argumenta que o acusado apenas se defendeu após ser agredido.

“Todas as conclusões foram alcançadas pela delegacia com base apenas no relato de uma testemunha, que entrou em várias contradições durante a audiência. O facão caiu no chão, não foi utilizado, e durante a surra ele usou o que pôde para se defender”, afirmou o advogado.

Kozan também contesta a versão sobre o início da briga.

“Efetivamente ele apanhou. O primeiro caminhão era o do Josiel e o segundo o do Gilberto, o que contraria a narrativa acusatória. Pedimos as fotos dos laudos do local porque temos certeza de que quem desceu primeiro foi o Gilberto, do caminhão de trás, que ameaçou o Nunes e parecia estar armado. Então, o outro irmão desce e parte para a agressão”, explicou.

A investigação segue em andamento e o caso será levado a julgamento popular, ainda sem data definida. O caso aconteceu no Distrito Industrial de Ponta Grossa, nos Campos Gerais.

(Informações RIC Notícias)

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