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Crise climática: ‘A dor ensina a gemer’, por Erminio Guedes

Erminio Guedes, é Consultor ambiental –

Aqui uma importante atitude da sociedade: Preparar a juventude para enfrentar a crise climática. Sim, o investimento mais responsivo é a na juventude, na educação, a partir do entendimento de lutar pelo próprio futuro e fugir das armadilhas dominantes, nos desastres ambientais.

No Rio Grande do Sul, ultimamente o estado mais afetado pelas mudanças climáticas, algumas iniciativas da sociedade cível experimentam modelos de inovação, visando a sustentabilidade urbana. Exemplo no projeto “Partiu Futuro Reconstrução” uma iniciativa com Jovens Aprendizes, visando o desenvolvimento de lideranças competentes a enfrentar os problemas climáticos que o Estado enfrenta.

 O projeto representa a transformação dessa nova geração gaúcha, em agentes de mudanças, a partir da capacitação e de experiências em justiça e solidariedade climática. A proposta é que a juventude seja uma “nova voz” da justiça climática no estado para representar o que as cidades precisam, segundo Vinicius Ribeiro, diretor da tecnologia social.

Na preparação, 750 estudantes vulnerabilizados, em Porto Alegre e Canoas, neste mês viajaram em intercâmbio na Espanha, em Barcelona e Valência, lugares reconhecidos mundialmente por práticas de inovação e sustentabilidade urbana. Durante oito dias, participam de workshops, visitas de campo em áreas afetadas por desastres climáticos e encontros com conselheiros e agentes políticos.

A visita foi guiada por Josep Piqué, responsável pelo ecossistema de inovação da cidade. Piqué também é parceiro do programa Pacto Alegre, onde atua como consultor de iniciativas com o objetivo de mobilizar governo, empresas, universidades e sociedade civil em torno de projetos voltados à inovação, transformação urbana e qualidade de vida.

A proposta é que os estudantes escutem instituições locais sobre práticas inovadoras em clima, juventude e políticas públicas, permitindo que tenham reflexões sobre como inspirar e influenciar soluções para o Rio Grande do Sul, rompendo com a lógica da poluição e da destruição ambiental, liderada por cidades doentes e campos transformados em crematórios da natureza.

Dourados, pode e deve inovar na gestão social, voltada ao combate da crise climática. Para isso, as lideranças precisam refletir sobre a responsabilidade social das instituições e terem atitudes desconectadas do modus operandi da economia carbonizada e em favor da qualidade ambiental e da saúde pública.

Pensem nisso!

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