Dois professores estão sendo investigados por possíveis crimes sexuais cometidos contra estudantes da rede estadual.
O caso aconteceu em Irati, no Campos Gerais do Paraná, onde ambos foram afastados de suas funções pela Justiça da cidade, a pedido do Ministério Público do Paraná (MPPR), nos dias 3 e 12 de outubro.
As denúncias chegaram ao MPPR após depoimentos colhidos em escuta especializada, conduzida por uma força-tarefa formada pela Promotoria de Justiça, Conselho Tutelar, secretarias municipais de Assistência Social e de Educação, Núcleo Regional de Educação e Delegacia de Polícia Civil.
A equipe foi criada durante as investigações sobre crimes sexuais atribuídos a um professor e ex-vereador do município, que foi denunciado pelo MPPR no dia 8 de outubro.
Quais são as acusações?
As investigações apontam que os professores teriam feito comentários de cunho sexual, usado vocabulário inadequado e realizado toques físicos sem justificativa durante as aulas, ações que configuram violação da integridade física, emocional e psíquica de diversas estudantes. Ao solicitar o afastamento dos docentes das escolas, a Promotoria de Justiça destacou que eles poderiam estar utilizando suas funções para constranger e violar a integridade sexual, psíquica e moral das adolescentes.
Ao final do processo, a Promotoria de Justiça de Irati poderá oferecer denúncia criminal, caso seja comprovada a prática dos atos ilícitos.
Ex-vereador também foi preso
O ex-vereador e ex-professor Hélio de Mello também foi preso nessa quinta-feira (9), após se apresentar em uma unidade prisional de Guarapuava, no centro do Paraná. O ex-parlamentar estava foragido pelo crime de estupro de vulnerável, cometidos na cidade de Irati.
De acordo com a Polícia Civil do Paraná, o ex-vereador de Irati é suspeito de enviar fotos e tocar nas partes íntimas de adolescentes. Ele renunciou ao cargo de parlamentar após as denúncias.
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“A PCPR informa que o indiciado se apresentou em uma unidade policial de Guarapuava nesta quinta-feira (9). O mandado de prisão contra ele foi cumprido no local”, disse a nota da polícia.
Conforme a Polícia Civil do Paraná (PCPR), durante as apurações, foram colhidos depoimentos das vítimas que presenciaram ou sofreram algum ato de violência sexual praticados pelo suspeito. Também foram ouvidos ex-alunos já adultos que também foram vítimas e funcionários da escola.
Por onde denunciar?
Situações suspeitas podem ser denunciadas anonimamente pelos telefones: 197 (Polícia Civil) ou 181 (Disque-Denúncia).
Se o crime estiver ocorrendo no momento ou houver alguém em perigo, acione a Polícia Militar pelo 190. (Com RIC)