Abrão Razuk – Membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, cadeira 18.
Nesse mundo que habitamos e vivemos, fruto do comando absoluto de Deus, na escala filosófica devamos dar valor preferencialmente, sobre todas as outras coisas, ao amor, no sentido universal. O resto é o que sobra desse mundo que é um vale de violência, desamor, guerra, tara pelo poder e dinheiro, hoje repleto de pessoas sem escrúpulos, desonestas, de má-fé. Em compensação, existem certos seres de bom caráter e de boa índole, com exceção.
O próprio gênio Albert Einstein reconheceu, no fim do ciclo de sua vida, que o amor é o maior bem que existe.
Disse Cristo: “Ame ao próximo como a ti mesmo”.
Assim pontificou Luiz Vaz de Camões em seu livro de poesia Sonetos para amar o amor:
“Amor é brando, é doce e é piedoso:
Quem o contrário diz não seja crido,
Seja por cego e apaixonado tido,
E aos homens, e inda aos deuses, odioso”.
Segundo Santo Agostinho, discípulo do Santo Ambrósio, pregava que “a morte não existe, vamos para o outro lado”.
Platão escreveu em seu livro Fédon que “a alma é imortal”.
O cientista francês Antoine Lavoisier, nascido em 1743 e falecido em 1794, foi guilhotinado, acusado de traidor da pátria. Foi cobrador de impostos e era odiado, portanto viveu apenas 51 anos. Pregava o seguinte: “Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Foi considerado o “pai da Química”.
Jesus Cristo disse: “Na casa de meu Pai há muitas moradas; quem crer em mim terá a vida eterna”.
Sêneca pontificou: “A fé em Deus está inscrita em todos os corações”.
O italiano São Thomaz de Aquino, autor da obra Suma Theologica, composta de quinze volumes em latim, sustentou a conciliação entre a fé e a razão. Era aristotélico. Provou a existência de Deus com argumentos denominados “pelas cinco vias”.
Aristóteles em São Thomaz de Aquino: reconciliação entre fé e razão, uso da lógica aristotélica, conceito de causa e efeito.
Diferenças lógicas entre a crença em Deus da teoria de Blaise Pascal, chamada argumento da aposta, e diferente da lógica de Marco Túlio Cícero, que enfocava deuses e o suposto princípio do argumento a pari.
Sobre o tema da crença em Deus, assim se manifestou o filósofo e brilhante Blaise Pascal: argumento específico, o argumento da aposta filosófica desenvolvida por Blaise Pascal, que é racional, afirma que é racional crer em Deus, independentemente da probabilidade de sua existência. A lógica por trás disso é: se Deus existe, crer nele oferece a possibilidade de salvação e recompensa eterna; se Deus não existe, crer nele não traz prejuízo significativo.
No entanto, Marco Túlio Cícero, filósofo e grande tribuno, discute a existência dos deuses apresentando argumentos através de um estilo dialógico. Embora Cícero explore diferentes perspectivas sobre a existência divina, ele não apresenta exatamente o argumento da aposta. O argumento a pari se baseia na semelhança entre dois casos para concluir que o que é verdadeiro para um caso também é verdadeiro para o outro.
Já o argumento da aposta é uma aposta racional sobre a existência de Deus, com base nas possíveis consequências de crer ou não crer. Em resumo, embora o argumento da aposta de Blaise Pascal seja uma forma de argumentação interessante sobre a existência de Deus, não é um exemplo de argumento a pari.
O argumento a pari se baseia na semelhança entre dois casos para concluir que o que é verdadeiro para um caso também é verdadeiro para o outro. Por exemplo: dois carros com as mesmas características, numa certa velocidade, podem derrapar; ambos, com a mesma velocidade, é provável que também derrapem. Esse argumento não é uma prova definitiva, mas sim uma inferência probabilística.
O argumento a pari é usado em diversas áreas: direito, ciência, filosofia.
Charles Darwin, inglês, em seu livro A Evolução das Espécies, após pesquisas e estudos em Gálapagos, no Equador, dos seres vivos, proclamava a evolução do ser humano e de outros seres vivos. Seu pensamento só se completou com o pai da genética, que foi Gregor Mendel, era monge.
Ele foi quem descobriu as leis da hereditariedade, com a experiência com ervilhas, pois reproduzem muito e vivem pouco. Nasceu em 1822 e morreu em 1844, em Heinzendorf, Áustria (atual Hyncice, República Tcheca). Viveu apenas 61 anos, filho de agricultores.
Os seres vivos, quando transmitem seus genes entre o macho e a fêmea como reprodução, o descendente possui genes do transmitente, ou seja, do pai e da mãe. Quando o indivíduo herda duas cópias idênticas de um gene de cada um de seus pais, dir-se-á que é um caso de homozigoto.
A estrutura da dupla hélice do DNA foi descoberta em 1963 por James Watson e Francis Crick, com contribuições cruciais de Rosalind Franklin e Maurice Wilkins. Watson e Crick, em 1962, ganharam o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina.
Esse enfoque é exclusivamente de caráter científico e não religioso. Portanto, a lei da hereditariedade é correta, do pai da genética, salvo melhor juízo. E, de outro viés, dos enfoques dos teólogos e dos religiosos — “a alma é imortal” — também possui credibilidade e respeita-se a convicção filosófica de cada pensador.
Sobre o tema, merece uma reflexão apurada em busca da verdade.
Creio firmemente na existência de Deus. Basta conhecer o Pantanal sul-mato-grossense e tudo que existe no universo e na natureza. Basta para ter fé e a crença em Deus.
Fontes:
Tomei conhecimento em livros específicos e Google e Meta, etc., e conhecimento pessoal.
Campo Grande – MS, 16 de outubro de 2025.
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