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Estudante é investigado por morte de idosa após procedimentos estéticos

Um estudante de biomedicina, de 21 anos, está sendo investigado suspeito de envolvimento na morte de uma paciente, de 66 anos.

A mulher morreu após complicações decorrentes de procedimentos estéticos realizados pelo jovem, que, segundo as investigações, se apresentava como biomédico, mesmo sem ter autorização legal para exercer as funções.

De acordo com a Polícia Civil do Paraná (PCPR), os procedimentos foram realizados em maio deste ano. O estudante teria feito na vítima aplicações de plasma facial, lipo de papada e uma lipoenxertia nos seios, o que teria desencadeado morte da vítima.

Esse último procedimento, embora os outros também tenham dado alguns problemas, levou a vítima ao hospital, ela teve uma infecção. Chegou a ser retirado todo o seio dela, também retirado uma parte do tórax, mas devido a essa infecção bastante generalizada ela acabou entrando a óbito em decorrência desses procedimentos”, disse a delegada Camila Cecconello.

Estudante de biomedicina investigado não tinha autorização para realizar os procedimentos

O estudante suspeito não tinha formação, nem autorização para fazer procedimentos tanto cirúrgicos quanto estéticos. Além disso, a PCPR realizou uma operação em conjunto com a Vigilância Sanitária que apreenderam seringas, medicamentos e materiais de uso clínico.

Procedimentos eram realizados em salas alugadas

O suspeito realizava os atendimentos em salas alugadas por dia, conforme a demanda. Os procedimentos eram feitos sem esterilização e sem autorização.

Ele não foi preso em flagrante porque a família da vítima só procurou a polícia dois dias depois da morte da idosa, e o suspeito já estava fora de flagrante. No entanto, conforme a delegada, foi instaurado um inquérito contra o jovem.

O estudante é investigado pelos crimes de exercício ilegal da medicina e homicídio doloso, já que, segundo a polícia, teria assumido o risco de provocar a morte ao realizar intervenções cirúrgicas em locais inadequados e sem habilitação para isso.

O que diz o Conselho Regional de Biomedicina

De acordo com o Conselho Regional de Biomedicina do Paraná (CRBM6), o jovem informou possuir formação em Biomedicina, mas não apresentou diploma e registro profissional, “o que, conforme a legislação vigente (Lei nº 6.684/79 e Decreto nº 88.439/83), o impede de exercer qualquer atividade relativa à Biomedicina. Conforme registros, o acusado também informou estar cursando odontologia”.

Em nota, o conselho afirmou também que as apurações tiveram início em janeiro de 2025, após denúncia anônima encaminhada ao Departamento de Fiscalização do CRBM6.

“O CRBM6 reafirma que não compactua com o exercício irregular da Biomedicina, mantém atuação permanente na fiscalização ética, técnica e na proteção da sociedade contra práticas ilegais e potencialmente danosas à saúde pública”.

(Informações RIC Notícias)

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