O advogado Éder Cordeiro de Azevedo, que representa a família de Alencar Gonçalves de Souza, um dos quatro homens desaparecidos em Icaraíma, no Noroeste do Paraná, confirmou que produtor rural havia pago R$ 255 mil por um sítio que não foi transferido e, após a devolução do imóvel, ficou sem receber o valor de volta.
“Ele comprou o sítio, deu a entrada de R$ 255 mil e não deu certo a negociata. Os Buscariolo ficaram de devolver esse valor em 10 parcelas, mas Alencar não estava recebendo.”, disse o advogado.
Além disso, Azevedo afirmou que Souza contratou os outros desaparecidos de Icaraíma através da indicação de um amigo. Depois disso, Diego Henrique Afonso, Rafael Juliano Maraslchi e Diego Henrique Afonso foram até a cidade paranaense.
“Foi através da indicação de um amigo que Alencar conheceu Diego, Rafael e Robsley. Eles vieram para cobrar a dívida”, explicou Azevedo.
Encontros dos desaparecidos em Icaraíma com os Buscariollo
Durante a entrevista, o advogado de Alencar reforçou o que apontavam as investigações da Polícia Civil do Paraná (PCPR) de que os desaparecidos de Icaraíma se encontraram com Paulo Buscariollo e Antônio Buscariollo no dia 4 de agosto, dia em que os três cobradores chegaram na cidade paranaense vindo do interior de São Paulo.

Último contato de Alencar
Conforme o relato de Éder de Azevedo, a última mensagem enviada do celular de Alencar de Souza foi por volta das 12h03 do dia do desaparecimento. A esposa o questionou sobre a negociação e o produtor rural afirmou que havia conseguido receber. Contudo, o advogado acredita que a mensagem foi encaminhada por outra pessoa.
Família acredita que desaparecido esteja vivo
Apesar da polícia ter encontrado munições e marcas de tiros no carro usado pelos desaparecidos em Icaraíma, o advogado diz que a família mantém a esperança de que Alencar Gonçalves possa estar vivo.
“Como eles mesmos dizem, a esperança é a última que morre. Alencar é uma pessoa muito querida”, concluiu o assunto.
Além disso, o advogado falou que os moradores de Icaraíma sentem medo da família dos foragidos.
“Icaraíma é uma cidade pequena e a sociedade tem medo dos Buscariolo. O filho dele responde por homicídio em Icaraíma mesmo, e as pessoas têm medo”, finalizou.
(Informações RIC)