O laudo necroscópico de Helen Cristina Vitai, de 43 anos, morta após uma briga entre punks, na Lapa, no dia 3 de agosto, apontou que a vítima sofreu um “infarto agudo do miocárdio por provável uso de cocaína”.
De acordo com o documento, ao qual o Metrópoles teve acesso, a isquemia do miocárdio de Helen pode ser decorrente da ingestão da cocaína, que pode levar a alterações cardiovasculares e óbito. Apesar de apontar lesões no corpo da mulher, o exame não relacionou as agressões à morte.
Helen Cristina Vitai (imagem de destaque) foi enforcada por outra mulher durante pelo menos seis minutos. As agressões duraram, ao todo, oito minutos. A vítima foi encaminhada a uma unidade de saúde, mas não resistiu.
Na segunda-feira (8/9), Graciella Verenich e André Santos Costa Amorim, suspeitos de matarem Helen durante a briga, foram presos pela Polícia Civil. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a dupla foi detida em Campinas, no interior de São Paulo. Uma terceira pessoa envolvida no crime ainda segue foragida.
Por meio do advogado Daniel Lellis, a família da vítima disse estar estarrecida com o laudo necroscópico, que “não aponta nem a fratura descrita e nem os diversos hematomas sofridos na face da vítima, após dezenas de socos, tampouco a lesão na região do pescoço decorrente da esganadura”.
“Há uma clara intenção de se descredibilizar a vítima assassinada, ainda que em antagonismo com as provas colhidas em vídeo que demonstram, indene [ileso] de dúvidas, a autoria e a materialidade do fato delitivo. É um profundo desrespeito à memória da vítima e da família, o casuísmo de que a Helen tenha, por si própria, auxiliado a produzir o seu resultado morte”, disse a nota da defesa. O advogado pretende pedir um contra laudo.
Já a defesa de Graciella e André argumenta que, segundo o laudo, a causa da morte de Helen foi uma overdose e não teve relação com a briga entre as duas mulheres. “Os níveis de cocaína e outras substâncias como álcool estavam elevados em seu sangue. Ademais, no laudo não há qualquer indício de asfixia, traumas ou fraturas que poderiam ter levado Helen à morte”, disse nota enviada pelo escritório Lozano Barranquera, que representa os dois.
A nota também aponta que o laudo necroscópico foi feito por um médico legista do estado, que, portanto, seria idôneo e não teria interesse na causa.
(Informações Metrópoles)