Nesta segunda-feira (15), é dia de rememorar o legado do Gerson Schaustz Automóveis publicado no livro ACED 80 Anos – Uma História de Sucesso, lançado em 29 de maio de 2025; leia a seguir…
O empresário Gerson Schaustz nasceu no dia 29 de maio de 1972, no Distrito de Ipezal, município de Angélica. Veio para Dourados com 17 anos, em janeiro de 1990, para estudar, fazer faculdade, com a intenção de voltar para Angélica, mas achou o novo ambiente tão bom, que acabou ficando.
Na chegada, a família foi morar no Parque das Nações II, e Gerson foi fazer faculdade de Ciências Contábeis. Trabalhou na Prefeitura, na primeira gestão do ex-prefeito Braz Mello, onde permaneceu por um ano e dois meses. Em junho de 1991, foi aprovado em teste no Banco Bamerindus, onde trabalhou por nove anos, ingressando como escriturário e chegando ao cargo de gerente.
Gerson Schaustz casou-se em 5 de setembro de 1992, com a professora Idália Pereira da Cruz Schaustz , com quem tem dois filhos: João Henrique, de 32 anos, engenheiro civil; e José Humberto, de 25 anos, engenheiro mecânico.
O capricho que virou negócio
O ingresso no ramo de venda de veículos é resultado do perfil extrovertido de Gerson Schaustz, que foi gradativamente moldado no contato com os clientes do então Banco Bamerindus. Já naquela época, o empresário demonstrou aptidão e gosto por esse segmento comercial.
“Sempre gostei de ter os carros limpinhos, organizados, e o pessoal chegava no banco e perguntava se eu não os vendia”, conta Gerson. E o então gerente bancário acabava vendendo o carro. Comprava outro carro, mandava polir, lavar, e deixava no pátio; quando os amigos de trabalho ou clientes o viam chegar ao banco com aquele veículo, com tudo no capricho, perguntavam se ele não queria vender. Então, em 1999, Gerson saiu do banco para trabalhar nesse segmento.
Assim, em março de 1999, Gerson procurou o amigo Evandro Libório, popular “Libório da Garagem”, e ambos combinaram de trabalhar juntos. Em novembro daquele ano, alugaram o local onde o ex-bancário está até hoje, e construíram a estrutura atual, formalizando a sociedade “Libório e Gerson Automóveis”, até agosto de 2022. Nesse ano, o então sócio Libório quis trabalhar no endereço da Rua Cuiabá, onde reside e montou a própria loja, uma empresa individual. Com isso sugiu a “Gerson Schaustz & Filhos Automóveis”.
Vencendo as adversidades
Ao longo dos últimos 25 anos, a empresa passou por várias fases, marcadas ora por momentos de aquecimento do mercado, ora por períodos de retração, em razão, por exemplo, da Covid-19, da Guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Apesar disso, a confiança na tradição, o cuidado com a procedência dos veículos continuaram sendo o diferencial da Gerson Schaustz & Filhos, que trabalha exclusivamente com carros seminovos e revisados. A empresa preza, segundo os proprietários, por não ter, na loja, carro “judiado”, que tenha sido muito usado para trabalho, percorrido muita fazenda, por exemplo.
Quando alguém indica ou decide fechar um negócio com a Gerson Schaustz & Filhos Automóveis, é porque o carro já passou por uma seleção. “Se serve para nós, serve para os nossos clientes. Se não serve pra nós, também não serve para eles”, declara Gerson Schaustz. Tal prática foi instituída devido ao conceito de tradição: “Nós sabemos que, infelizmente, esse é um ramo muito prostituído. É muita gente com maldade, vendendo carro de sinistro, de leilão, batido. Nós, ao contrário, procuramos somente passar automóveis em excelentes condições”.
Confiabilidade: palavra de ordem
Gerson pontua que, embora Dourados tenha cerca de duzentas lojas de veículos, a empresa atende trinta e cinco municípios da região. “Tem espaço para todos. Quem trabalha certo e com honestidade sempre vai colher os bons frutos do seu trabalho”, sentencia. Enfatizando os dogmas “tradição, confiança, e credibilidade”, Gerson Schaustz reforça a tese de que a venda de veículos usados é um ramo que requer, acima de tudo, confiabilidade. Nesse sentido, avalia Schaustz:
Eu sempre falo assim para o meu filho: precisamos oferecer carros muito novos, bem cuidados, porque temos que respeitar o patrimônio das pessoas. Como a gente era muito pobre e trabalhou bastante para ter alguma coisa, sabe que é duro a pessoa juntar, durante vinte anos, cinquenta mil Reais, e quando chegar numa loja, comprar um carro sem saber que é sinistrado, que é de leilão, foi batido, todo judiado, usado em fazenda para trabalhar.
Evoluindo com a Internet
O atendimento na Gerson Schaustz Automóveis ganhou um reforço nos últimos anos, garantindo muito mais comodidade aos clientes por meio das redes sociais. A empresa percebeu isso há tempos e resolveu investir nesse filão da Internet, por meio de perfis no Instagram, Facebook. O empresario diz:
Meu filho especializou-se nisso e nós temos o nosso canal próprio de vendas no Instagram, onde impulsionamos todos os carros para Itaporã, Caarapó, e outros municípios da região. E hoje a pessoa entra na rede social, sentada no sofá da própria casa, vê o nosso link, nossos carros, e negocia com a gente por telefone. Eles só vêm na loja para finalizar o negócio. Por todas essas facilidades, nós estamos hoje entre as dez melhores empresas da cidade, tanto em volume de vendas quanto em tradição e conhecimento.
Assim, apesar de desfrutar do conceito de seriedade firmado no mercado, a empresa não se acomoda e acompanha a evolução proporcionada pela Internet. A propósito, Gerson comenta:
O comprador não sai mais de casa para olhar carro. Primeiro, ele olha tudo nos nossos links, nossas plataformas de venda. Nós temos parcerias com instituições financeiras, como Bradesco, Itaú, BV, Santander. E esses bancos têm as plataformas de vendas também. Só para se ter uma noção: a Webmotor é do Santander. Lá, nós pagamos um valor, lançamos os nossos carros, e eles também anunciam. Hoje tem um sistema chamado Integrador, onde você lança tudo que tem para vender, e ele joga para o resto dos canais. Não é mais necessário fazer canal por canal. Com isso ganha-se tempo e qualidade no atendimento. Mesmo assim, nós mantemos uma equipe de onze pessoas que ficam fisicamente na loja.

A importância de Dourados como cidade polo
Para Gerson Schaustz, o crescimento de Dourados tem sido fundamental no sucesso da empresa, por ser polo de uma região que congrega mais de 30 cidades. Ele exemplifica: “Recebi um casal que veio ao médico especialista, e depois foi em um supermercado fazer compras e, em seguida, veio olhar um carro, e acabou fechando negócio comigo. […] A questão de Dourados ser um polo regional ajuda muito o comércio de veículos e outros segmentos”.
O empresário encerra com o seguinte comentário:
Minha expectativa é que Dourados ainda cresça muito mais e que o poder público colabore, modernizando o centro da cidade para atrair muito mais o consumidor regional. Precisamos de administradores mais arrojados, que tenham iniciativa de fazer investimentos para embelezar nossas ruas, nossas praças, nossos bairros. Dourados poderia ter um pórtico de entrada bonito, as praças mais iluminadas, com mais enfeites, as ruas mais limpas, semáforos pintados. Se nós falamos isso, é porque amamos essa cidade e queremos vê-la cada vez mais desenvolvida, progressista e que proporcione uma vida cada vez melhor para sua gente.