Um episódio de violência dentro da Escola Estadual Maria de Lourdes Toledo Areias, localizada na região do Residencial Recanto dos Rouxinóis, em Campo Grande, causou pânico entre alunos, professores e familiares na manhã desta quarta-feira (3). Uma adolescente, cuja idade não foi revelada, levou uma faca escondida no corpo e tentou atacar colegas, sendo contida por funcionários da escola após correria nos corredores.
Segundo informações apuradas pela reportagem do Top Mídia News e confirmadas pela Polícia Militar, o caso pode ter sido motivado por bullying. A estudante seria diagnosticada com TEA (Transtorno do Espectro Autista) e, de acordo com relatos de pais e alunos, teria sofrido piadas e ofensas em um grupo de WhatsApp com colegas da escola, o que teria levado à sua reação violenta.
Promessa de vingança
Na tarde anterior ao ataque, um desentendimento entre alunas teria começado presencialmente e continuado no grupo de mensagens, sem conhecimento dos professores ou da direção. Uma das participantes do grupo chegou a afirmar que “mataria” a colega no dia seguinte, segundo a PM.
Ainda na noite de terça-feira (2), relatos circularam entre alunos de que algo poderia acontecer. Com isso, a Polícia Militar esteve na escola na manhã desta quarta para fazer uma vistoria nas mochilas, após denúncia de que um aluno poderia portar uma arma de fogo. No entanto, a jovem teria escondido a faca junto ao calcanhar, dificultando a detecção.
Correria e susto
Dentro da unidade, o clima foi de pânico. Após a adolescente sacar a faca, colegas correram e alertaram funcionários, que conseguiram contê-la após cercá-la contra uma grade. Em meio à confusão, a faca foi tomada por um servidor da escola.
Testemunhas inicialmente afirmaram que duas estudantes haviam sido feridas, incluindo uma com corte no pescoço. No entanto, a Polícia Militar negou que houve ferimentos, informando que a aluna entrou em surto e cortou apenas o cabelo de uma das colegas.
Atendimento especializado
Após ser contida, a adolescente foi atendida por uma equipe do Corpo de Bombeiros e levada para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento), onde deverá receber avaliação e atendimento psiquiátrico.
A situação mobilizou diversos pais, que correram à escola para buscar informações sobre os filhos. A direção da unidade ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. (J.B)