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Ermínio Guedes: ‘Golpe nunca mais!’

Erminio Guedes – Consultor –

Vivi momentos importantes, mas me surpreendo com os fatos presentes. Terríveis as lembranças do golpe e da ditadura militar de 64, mas em compensação, alegres memórias do retorno à democracia. Na virada do século, me emocionei na eleição do Zeca PT, Governador de Mato Grosso do Sul; me senti aliviado com Lula eleito presidente da República; e fechado com Tetila, prefeito de Dourados.

Imaginei que a nossa luta tivesse sepultado o passado autoritário e aberto um novo horizonte de democracia e estado de direito. Entendi que a luta por justiça social, inclusão e soberania popular, não é causa individual, mas da coletividade.

Eis que, de repente, o odor fétido sai dos porões, pela batuta norte-americana regendo asseclas — família Bolsonaro — em tentativas autoritária de golpe contra a democracia, o estado de direito e a soberania brasileira. O ar fedido de carniça sinalizou atrair urubus da intolerância odiosa e de traição à pátria.

Na verdade, o EUA sempre foi um laboratório de golpes políticos. Na guerra fria, enquadrou Getúlio Vargas e depois orquestrou o golpe militar de 64, no Brasil. Neste século, armou a lava jato para prender e impedir a reeleição de Lula. Tudo operado para eleger Bolsonaro, o “traidor da Pátria”. A extrema direita em êxtase no elevado coeficiente de mediocridade e constrangedora submissão aos interesses americanos.

Em 2024, a maldição: Trump eleito, como representante da extrema-direita, pregado o ódio, a intolerância, a xenofobia e a negação à diversidade socioambiental. Levou à Casa Branca a sua retórica reacionária: Agredir direitos civis, fragilizar instituições democráticas, desagregar as nações e estimular conflitos. Se colocou ao lado do genocídio de Israel, saiu do Acordo de Paris, cortou ajudas aos países pobres, etc.

Lembrar que a hegemonia Yank foi erguida pela violência interventora e pela morte de milhares de pessoas. A começar pelo maior genocídio indígena da história, a pretexto da expansão colonial e do progresso. A democracia que tanto proclamam, como “guardiões da liberdade” é uma farsa, coberta por máscara de sangue que encobre o império da destruição alheia.

A imposição da supremacia americana, na verdade, tem a lógica da guerra: violência, invasões, chantagens diplomáticas, bloqueios econômicos e políticos, assassinatos e manipulação midiática para mentir e enganar desinformados. O objetivo é claro: dominação político-econômica e submeter países pobres ao imperialismo americano.

A sorte do Brasil é ter dois gigantes: Lula e Alexandre de Morais. Lula não é um subalterno nem um vassalo, mas um titã da política, um líder forjado nas causas populares; e Morais não é um covarde, mas um destemido juiz, gigante guardião da democracia e do Estado de Direito.

Lula é inteligência e resistência política, respeitado no mundo, pelo que faz no Brasil – um país humano e sustentável. Em vez de se render ao colonialismo de Trump, ao contrário, busca o multilateralismo e a autonomia, através BRICS e de uma moeda alternativa ao dólar.

Alexandre de Morais representa a justiça contra o golpismo e firme defesa das instituições do Estado de Direito no Brasil. A semelhança do italiano Giovanni Falcone, Morais combate criminosos e as ameaças autoritárias que rondam o país, tentando solapar a Constituição da República. Aliás, as decisões do Supremo Tribunal Federal demonstram que a Justiça não se intimida diante da violência política.

Sem dúvidas, o STF cumpre o seu papel constitucional. A atuação reafirma a prevalência da lei sobre o arbítrio, a liberdade não negociada e de ninguém estar acima da lei. Ao proteger o estado de direito, protege também o futuro do Brasil. Sinal claro: O Brasil não aceita mais se render à condição de colônia norte americana. O Brasil quer liberdade democrática, direito constitucional, dignidade humana e respeito a sua soberania.

Cabe aqui um alerta aos golpistas de plantão: A economia brasileira tem novos parceiros comerciais e com eles vamos caminhar. Como todo o civilizado, cuidar dos clientes, porque eles são importantes. Atacá-los é traí-los e queimar a confiança e as oportunidades.

O Brasil, até aqui, venceu os golpistas. Trump deve estar confuso, afinal o país que sempre foi massa de manobras, agora oferece resistência às pretensões do Imperador. O Brasil mostra ao mundo que os brasileiros não se prestam mais à promiscuidade política e a subserviência econômica, reafirmando a constituição, as instituições e a soberania nacional. Golpe nunca mais!

Pensem nisso!

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