As fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que causaram prejuízos para pensionistas e aposentados, voltam a ser discutidas no Congresso Nacional nesta terça-feira (26). Está marcada para às 9h, a primeira sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigará o desvio estimado em até R$ 6,3 bilhões.
A discussão contará com senadores e deputados e a expectativa é de debates entre representantes da base do governo e da oposição. Na última quarta-feira (20), o Congresso Nacional elegeu parlamentares de oposição ao governo Lula (PT) para comendar a CPMI. O senador Carlos Viana (Podemos-MG) foi escolhido como presidente do colegiado e o deputado Alfredo Gaspar (União-AL) será o relator.
A votação decretou uma derrota para o governo e para o comando do Congresso Nacional. Davi Alcolumbre (União-AP), presidente do Senado Federal, havia indicado Omar Aziz (PSD-AM) para a presidência da comissão e Hugo Motta (Republicanos-TO), presidente da Câmara dos Deputados, indicou Ricardo Ayres (Republicanos-TO) para a relatoria.
CPI do INSS
Objeto da análise da comissão, investigações da Polícia Federal (PF) apontam supostas fraudes milionárias envolvendo o INSS. As investigações resultaram no afastamento do presidente da instituição.
Para o início da CPMI, a pauta conta com mais de 900 requerimentos para análise. Entre os pedidos, estão convocações do presidente Lula e de ex-presidentes, como Jair Bolsonaro, Michel Temer e Dilma Rousseff.
Segundo os agentes federais, associações cadastravam aposentados e pensionistas no INSS e descontavam mensalidades direto na folha de pagamento das vítimas, que não sabiam que estavam sendo associadas a essas organizações.
A PF aponta que um dos indícios de envolvimento de funcionários internos do INSS com a fraude, são as liberações dos cadastros em grande quantidade feitas pelo órgão.
Em disputa de narrativas, o governo federal afirma que a quadrilha se instalou no órgão durante a gestão Jair Bolsonaro e que o esquema foi desmobilizado por ordens do atual governo. Já a oposição aponta o envolvimento do irmão de Lula, José Ferreira da Silva, conhecido como Frei Chico, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindinapi), uma das entidades investigado.
(Informações G1)