Luiz Carlos Ribeiro – Arquiteto e Urbanista –
De repente, dia 15 de agosto próximo passado, abri uma página do jornal e me deparei
com uma matéria jornalística onde o Prefeito MARÇAL FILHO afirmava que “o Cartão Postal de Dourados, O Monumento ao Colono será revitalizado”. De pronto uma alegria me tomava conta e nem poderia ser diferente, afinal aquele marco Histórico, que há anos vinha sendo relegado ao quase esquecimento, tal o estado de abandono na sua conservação.
Feliz continuei a leitura e num momento me assustei quando li “iremos pintar (o
Monumento) com as cores de Dourados (azul e amarelo)”.
Pra mim não tinha sentido aquilo.
Não tinha sentido porque naquele Monumento, além da História a que se refere, a
representação daquela História no Monumento está presente em seus elementos.
O Monumento em si está plantado sobre um aterro, numa representação da curvatura
da terra, sobre o qual uma laje em (Concreto Aparente) desenha o Mapa da Colônia de onde emergem floreiras, também em (Concreto Aparente) que representam as vila e cidades ali surgidas.
A representação escultural do Colono se dá através dos braços e mãos entalhadas,
também em (Concreto Aparente) brotando daquele Mapa da Colônia, como que retirando deste mesmo chão o que a terra produz e erguendo o desenvolvimento ali representado pelas lâminas também em (Concreto Aparente) em forma de triangulo de vértice para baixo que remete ao desenvolvimento da região.
Como visto, todo o conjunto tem no (Concreto Aparente) como premissa a solidez e o
princípio da evolução do homem, onde a relação da reciprocidade entre o indivíduo e o mundo que o circunda na tarefa do desenvolvimento, econômico, político, social, sua existência e seu legado.
Não sem razão a História deste Monumento que conta uma História se fez presente e
o Prefeito MARÇAL FILHO, assessorado pelo então outrora Prefeito BRAZ MELO, ambos
pautados pelos seus passados onde BRAZ foi o criador do Monumento em 1991 e por ele
entregue a Dourados em 1992.
Em 2018 ambos, BRAZ e MARÇAL, vereadores que eram, BRAZ foi autor do Projeto de
Tombamento Histórico do Monumento e MARÇAL, como vereador Presidente da Comissão de Cultura aprovou aquele Projeto que aprovado pela unanimidade dos vereadores estabeleceu a Lei 4.183 que desde então protege o MONUMENTO AO COLONO donde no artigo 2º determina “em razão do presente Tombamento, fica proibida qualquer destruição ou descaracterização do Monumento em questão, preservando-se suas características
originais.”
DIANTE DESTAS HISTÓRIAS, ESPERA-SE QUE A HISTÓRIA DOS COLONOS
CONTINUE PRESERVADA NO MONUMENTO AO COLONO COM SUA ORIGINALIDADE
MONUMENTAL NA COR (CONCRETO APARENTE), COMO CONCRETA É A HISTÓRIA QUE
CARREGA.