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Donald Trump e Brasil: ‘Uma tentativa (Yank) após a outra’, por Erminio Guedes

Erminio Guedes, Consultor –

Me atrevo a falar sobre os fatos presentes, entre Donald Trump e Brasil. Trump quer a subserviência do Brasil. Bolsonaro é apenas um pretexto. Trump incorporou Napoleão e, vaidosamente, usa taxações comerciais, para fazer caixa e financiar a extrema direita.

Um projeto tirano de geopolítica imperialista, alimentado pela guerra, comercial e política.  Estimativas indicam receita além de US$ 2 trilhões/ano, perto de 10% do PIB norte-americano. Isto é, transferir renda dos pobres ao império e torna-lo mais hegemônico no poder econômico e bélico.

O EUA sempre teve no Brasil uma colônia de interesses. Franklin Roosevelt enquadrou Getúlio Vargas, depois John Kennedy/Lyndon Johnson financiou o golpe militar em 1964, agora a tentativa de 8 de janeiro de 2023 falhou com Bolsonaro, mas a intenção continua. Em 2025, a Casa Branca, usa outras ferramentas, para atentar contra a soberania nacional e fortalecer o canteiro das multinacionais norte-americanas.

O EUA sempre teve no Brasil um laboratório, sobretudo na Revolução Verde, quando saquearam recursos naturais e venderam a panaceia agroquímica, com os atuais desastres climáticos. As informações são raras, mas o Brasil é o destino a 13º de subsidiárias americanas. Até meados de 2022, haviam 1.044 empresas americanas aqui, faturando grande, segundo o BEA (Departamento de Análise Econômica dos EUA). Em 2023, só a Cargill e a Bung teriam faturado cerca de R$ 150 bilhões.

Trump, na sua tentativa usurpadora, quer as riquezas (minérios raros) dos brasileiros, para ampliar o domínio tecnológico dos EUA. Quer livre trânsito às big techs, implodir o PIX em favor das financeiras americanas e, em paralelo, enfraquecer Lula nos Brics e na moeda alternativa ao dólar. Trump quer melar a condenação de Bolsonaro, porque com a “família miliciana” no poder teria as riquezas e mandaria o povo brasileiro se lascar.

Aa nossa sorte é no STF, em especial no Ministro Alexandre de Morais, no governo do Presidente Lula e no povo brasileiro, que resistem aos atentados contra a soberania nacional. O mesmo não se pode afirmar do Congresso Nacional, de maioria golpista. Não por acaso, amoleceu o licenciamento ambiental para, entre outros, facilitar a extração de – terras raras – por mineradoras americanas. Se não fosse a pressão social, estaria na pauta projeto de anistia, para beneficiar criminosos, tal como Trump fez no EUA.

O Brasil, diferente do passado, precisa se unir contra o servilismo americano. A tentativa fétida de intervenção, de natureza política e econômica, contra a soberania do Brasil é inaceitável e deve ser combatida pelos brasileiros.  Em outras palavras, a democracia deve repelir a hedionda extorsão política de Trump e de seus apoiadores no Brasil.

O que se viu neste domingo, foi o patético espetáculo de sempre: meia dúzia de “patriotas” apoiando Trump e traindo o Brasil, uivando nas ruas como lobos famintos, em delírio golpista. Nada sério, porque flertar com o autoritarismo e “trair a Pátria” é, no mínimo, uma inversão perversa dos valores – do crime justificar outro crime. Nero, sarcasticamente, se delicia assistindo Roma queimar, tocando a sua arpa.

O Brasil tem força para reagir às investidas de Trump, no campo da diplomacia, do direito e da retaliação tarifária. Se não der certo, podemos revidar, fazendo respeitar a nossa soberania e demonstrar independência e autonomia criativa. O mínimo é retirar isenções fiscais e cassar patentes de empresas americanas, no País.

A nossa confiança, permite acreditar que o Brasil não se dobrará às pressões de uma milícia política que tenta tornar a terra – onde cantam os sabiás – em crematório nacional.

Pensem nisso!

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