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Marido pode ter encomendado morte de professora na fronteira

Polícia – 06/10/2009

O assassinato da professora e artista plástica Gicela Maria Van Gyssel Müller Brusamarelo, praticado pelo assaltante Paulo Ramos Correia, 22, e que causou comoção em toda fronteira, teria sido encomendado pelo próprio marido, o engenheiro agrônomo Elói Brusamarelo. Fontes da polícia paraguaia confirmaram ontem que Brusamarelo foi denunciado pelo autor do crime em seu depoimento. As suspeitas contra o agrônomo são tão fortes que a Polícia Civil já teria pedido sua prisão à Justiça. O delegado Clemir Vieira Júnior não confirmou e nem desmentiu a informação, alegando que tudo “está sendo investigado”. Entretanto, informações à que o Jornal da Praça e o site Mercosul News tiveram acesso em Pedro Juan, não deixam margem de dúvida quanto à culpabilidade do marido de Gicela. Como o trabalho foi conjunto, a polícia paraguaia também teve acesso ao teor dos depoimentos. De acordo com fontes do Ministério Público do vizinho país, em seu depoimento Paulo Correia disse que Elói Brusamarelo encomendou a morte da esposa por 7 mil dólares. Um atravessador contratou o marginal e depois o colocou em contato direto com Brusamarelo. Paulo teria chamado um comparsa, menor de idade, para cumprir a ‘empreitada’. Segundo o marginal, o próprio Elói o teria orientado por telefone sobre a movimentação de Gicela. “Ele ia me informando pelo celular aonde ela ia”, teria confessado à polícia. Segundo o bandido, a professora foi dominada quando entrava no carro na Rua Sete de Setembro, logo após deixar a agência dos Correios. O elemento rendeu a vítima e a obrigou a entrar no carro. Seguiu para a estrada que demanda a Sanga Puitã, do lado paraguaio. Próximo do distrito retirou a professora do veículo e a asfixiou com um cordão de náilon para imobilizá-la. Ainda no local, mandou a professora deitar alegando que iria embora. Ao invés disso, ela a golpeou na cabeça com o pedaço de madeira e ainda lhe aplicou golpes de faca. Em seguida, dirigiu o carro de Gicela até o centro de Pedro Juan Caballero, onde o deixou. O veículo foi encontrado na manhã seguinte. A frieza do bandido surpreendeu até mesmo os investigadores mais experientes. Seu ‘modus operandi’ foi o mesmo de crimes que praticou anteriormente: render a vítima na hora de entrar no carro. O menor apreendido com o autor material nega participação no crime. Entretanto, as evidências são fortes de que ele era o segundo homem na cena do crime. A polícia chegou ao adolescente porque ele estava com vários objetos de Gicela, como três pen-drive e um notebook e foi descoberto quando oferecia os objetos a brasileiros e não fazia segredo sobre a quem pertencia. O menor sabe de praticamente todos os detalhes do crime. Ele deve ficar internado na Unei. Desde que o caso começou a ser desvendado, no final de semana, Elói Brusamarelo desapareceu. O fiscal (promotor de Justiça) Sixto Marin, que desde o início suspeitava do agrônomo, disse ontem que vai pedir a prisão do acusado. “Se ele estiver em território paraguaio, será preso”, afirmou. A frieza de Paulo Correia impressionou os investigadores do SIG. Em nenhum momento ele se mostrou arrependido. Ao ser interrogado, confessou o crime e teria delatado o mandante e o ‘contratante’ do assassinato porque não teria recebido o valor combinado após o homicídio. HERANÇA O depoimento de Paulo Correia, segundo fontes do Ministério Público Paraguaio, aponta que o motivo do crime era familiar. Elói estaria em processo de separação de Gicela e o casamento dos dois não tinha comunhão total de bens. A professora estaria prestes a receber uma herança, após o falecimento do pai, no Rio Grande do Sul. Com o desquite, Elói não teria direito a nada. Gicela já teria informado que a herança seria direcionada aos dois filhos que residem em Campo Grande. (Com informações do Mercosul News).

Fonte: Folha de Dourados

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