A prisão temporária do filho do humorista vence nesta sexta (18); a justiça ainda precisa se manifestar sobre o acolhimento do pedido de soltura
Dhony de Assis, filho do humorista Marcelo Alves dos Santos investigado pela morte da miss Raíssa Suellen, pode sair da prisão e responder em liberdade após decisão do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
A prisão temporária de Dhony vence nesta sexta-feira (18) e, nesta quinta-feira (17) o MP-PR solicitou que ele use tornozeleira eletrônica. No entanto, a justiça ainda precisa se manifestar sobre o acolhimento deste pedido.
Caso a justiça acate a decisão, além do uso de tornozeleira eletrônica, Dhony deverá comparecer em juízo com periodicidade para informar e justificar atividades, entre outras medidas cautelares.
O que diz o advogado da família da vítima
Leonardo Mestre Negri, advogado da família de Raíssa, emitiu uma nota após a decisão do Ministério Público e disse que a família recebe a notícia com “extrema preocupação”.
“Diante das evidências já comprovadas de fraude processual, bem como das reiteradas tentativas de interferência nas investigações, a família da vítima recebe com extrema preocupação a decisão de concessão de liberdade, ainda que monitorada, ao acusado.
Trata-se de medida prematura, que ignora a gravidade dos atos já apurados e o risco concreto de novos entraves à busca por justiça. A família confia que o Poder Judiciário, ao revisar os autos, possa reavaliar os desdobramentos dessa decisão, preservando a integridade do processo e a memória da vítima”.
Humorista e filho são denunciados pelo MP-PR pela morte da miss
O humorista Marcelo Alves dos Santos e o filho, Dhony de Assis, foram denunciados no dia 23 de junho, pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pela morte da miss Raíssa Suellen.
Segundo apuração do produtor da RICtv Pedro Neto, Marcelo foi denunciado pela 6ª Promotoria de Crimes Dolosos Contra a Vida de Curitiba pelos crimes de feminicídio majorado, com as qualificadoras de dificultar a defesa da vítima e motivo torpe, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
Já Dhony foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
Relembre o caso: Raíssa Suellen é morta após pegar carona com humorista
De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, Raissa da Bahia veio para Curitiba com a ajuda de Marcelo. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar.
Além disso, a reportagem apurou com pessoas próximas à menina que houve desentendimentos e ciúmes por parte da namorada do filho do comediante. Raissa conseguiu alugar um novo apartamento e foi morar com algumas amigas.
As amigas alegaram que a Raissa recebeu uma proposta para trabalhar em Sorocaba, no interior de São Paulo. Para as amigas, a jovem confessou que a proposta foi feita por Marcelo.
Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.
Conforme a delegada Aline Manzatto, da PCPR, o humorista disse que estrangulou Raíssa com um objeto conhecido como “enforca gato”. Depois disso, ele enrolou o corpo da moça em uma lona e ligou para o filho.
(Informações RIC)