O detento Mauro da Silva Adorno, de 39 anos, foi assassinado a pauladas e golpes de “mata-leão” dentro da cela 210, no pavilhão 2 do presídio da Gameleira II, conhecido como “super máxima”. O crime ocorreu na noite de segunda-feira (07).
Segundo o registro policial, agentes penais foram acionados pelos próprios suspeitos, Dair Siriano Soares Junior, de 24 anos, e seu irmão Lucas Riquelme Monteiro, de 33. Ao se aproximarem da cela, a dupla teria declarado: “Pode abrir, matamos ele”.
Ao entrarem no local, os agentes encontraram a vítima caída no chão, já sem sinais vitais. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi chamado, mas apenas pôde constatar o óbito. Diante da situação, a Polícia Civil e a Perícia Técnica foram encaminhadas ao presídio para iniciar as investigações.
Questionado, Dair confessou ter aplicado um golpe de “mata-leão” em Mauro, quebrando seu pescoço. Em seguida, ele e o irmão desferiram diversos chutes na cabeça da vítima. Os irmãos justificaram o crime alegando discussões anteriores com Mauro.
Os irmãos estavam detidos no mesmo presídio que Mauro em Dois Irmãos de Buriti, mas em celas separadas. Eles teriam aproveitado o recambiamento para Campo Grande para cometer o assassinato. A dupla relatou que esperaram cerca de oito dias para executar o crime, aguardando que Mauro ficasse mais “sossegado”.
De acordo com os assassinos, na noite de segunda-feira, Mauro teria provocado a dupla, afirmando não ter medo de ninguém e dizendo ser “matador”. Cansados de esperar, os irmãos o mataram.
Um outro preso que estava na mesma cela afirmou ter ouvido os barulhos da briga, mas por medo, não se levantou para verificar o que estava acontecendo, esperando a chegada dos agentes penais.
O caso foi registrado como homicídio qualificado pela traição, de emboscada ou mediante dissimulação na DEPAC (Delegacia Especializada de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol e seguirá sob investigação. (J.B)