O delegado Jean Paulo Nascimento, revelou que Valdecir Karnoski, de 55 anos, preso por matar a esposa na terça-feira (24), possuía um histórico de violência doméstica contra a vítima, incluindo tentativa de homicídio por motivos de controle e ciúmes.
Em 2021, ele chegou a atirar na direção de Roseni da Silva Karnoski, de 52 anos, depois que ela tirou a Carteira Nacional de Habilitação sem a autorização dele.
Valdecir tem várias passagens policiais, incluindo porte ilegal de arma registrado em 2020, além do conhecimento sobre manuseio de armamentos. “Ele é um sujeito que vem manuseando arma de fogo há muito tempo e dificilmente produziria um disparo não intencional”, afirmou o delegado à imprensa.
Durante o interrogatório, o suspeito apresentou diversas versões contraditórias. Em um momento, disse que Roseni havia se baleado sozinha; depois, declarou que estava manuseando a espingarda quando disparou acidentalmente. Testemunhas relataram que ele estava embriagado na hora do crime e que costuma se tornar extremamente agressivo quando bebe.
O boletim de ocorrência de 2021, quando Valdecir atirou contra a esposa após uma discussão sobre a habilitação, resultou em um processo judicial que se somou a outros episódios de ameaças e agressões. O delegado também destacou que, após perder o registro de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC), Valdecir passou a registrar armas no nome de Roseni para continuar mantendo o arsenal.
O caso
Roseni da Silva Karnoski, de 52 anos, morreu após ser baleada no tórax, na noite de terça-feira (24), na comunidade Ranchão, zona rural de Nova Mutum. O homem, de 55 anos, alegou que o disparo foi acidental, mas estava embriagado e foi preso em flagrante. A Polícia Civil descartou a hipótese do acidente.
A vítima chegou a ser socorrida com sinais vitais, mas sofreu três paradas cardíacas e não resistiu. No local, a Polícia Militar encontrou o suspeito exaltado e ameaçando tirar a própria vida.
Durante buscas na residência, foram apreendidas várias armas de fogo e munições. O caso é investigado pela Polícia Civil como feminicídio.
(Informações Olhar Direto)
