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O que se sabe sobre militar reformado que morreu após ser forçado a beber ácido

Tiago Augusto Nicolau não resistiu e morreu no último dia 18, após ficar oito dias internado.

A Polícia Civil investiga a morte do militar reformado Tiago Augusto Nicolau, de 30 anos, que foi obrigado a ingerir ácido durante um assalto em Leme, no interior de São Paulo.

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Quem era o militar?
Tiago integrou a Força Aérea Brasileira (FAB), mas teve baixa por um problema de visão. Após deixar a corporação, passou a atuar como motorista de aplicativo. Casado e pai de uma menina pequena, ele havia avisado à esposa no dia do crime que iria lavar o carro na casa de sua mãe.

Como ocorreu o crime?
Segundo o boletim de ocorrência, no dia 10, um funcionário de uma usina de cana encontrou Tiago em uma estrada secundária que conecta o centro da cidade ao bairro Cajú, na região rural. Apesar das graves lesões, ele estava lúcido e relatou ter sido abordado por dois criminosos.

O militar reformado contou que foi forçado a seguir para uma área isolada, onde sofreu violência física e foi coagido a ingerir uma substância corrosiva. Os bandidos tomaram seu telefone e seu carro, um Renault Sandero prata, antes de fugir.

O empregado da usina chamou o Corpo de Bombeiros, e Tiago foi encaminhado em estado grave para a Santa Casa de Leme, sendo internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Qual substância criminosos o obrigaram a ingerir?
O consumo da substância, primeiramente identificada como “ácido de bateria”, provocou lesões severas na boca, língua, faringe e esôfago da vítima. Somente o laudo pericial — que ainda não foi divulgado pelas autoridades — pode determinar com precisão a natureza do ácido ingerido.

Quando ele morreu?
Tiago não resistiu e morreu no último dia 18, após ficar oito dias internado.

Há algum suspeito?
Até a última atualização desta reportagem, a Polícia Civil não havia preso nenhum suspeito pelo crime.

Qual a linha de investigação da polícia?
O caso, inicialmente registrado como roubo, agora é tratado como latrocínio — quando o roubo resulta em homicídio. Os investigadores não descartam outras possibilidades, incluindo um motivo pessoal e possível vingança.

Um dos principais questionamentos na linha de investigação é o motivo pelo qual os criminosos forçaram o homem a ingerir a substância corrosiva. 

As equipes policiais analisaram câmeras de segurança urbanas e de estradas, inclusive em postos de cobrança, para encontrar o automóvel subtraído. O veículo roubado pelos criminosos, no entanto, ainda não foi localizado. Os investigadores também tentaram rastrear o aparelho celular da vítima, que não foi encontrado. 

O que diz a família?
De acordo com relatos dos familiares, Tiago não mantinha conflitos com ninguém. Seus familiares o descrevem como uma pessoa pacífica e cheia de projetos futuros. 

Uma familiar pediu justiça por meio das redes sociais. “Nos tiram até a despedida dele, não iremos fazer a despedida dignamente. Vai apenas ter uma breve, caixão lacrado e enterro. Que mãe e pai merecem passar por isso. A Justiça dos homens pode ser falha, a Justiça de Deus pai, não”, postou a prima, Taís Nicolau.

O corpo da vítima foi sepultado na última sexta-feira, 20, no Cemitério Municipal São João Batista, em Leme.

Em nota ao Terra, a Secretaria da Segurança Pública informou que as investigações do caso prosseguem pela Delegacia de Leme. A Polícia Civil permanece em diligências e realizando todas as medidas cabíveis para elucidar o caso.

(Informações Redação Terra)

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