Homem ainda confessou para a mulher que empurrou a jovem miss e ela teria morrido ao bater a cabeça no chão.
Em depoimento à Polícia Civil do Paraná (PCPR), a ex-nora do humorista Marcelo Alves dos Santos disse que o homem confessou ter matado a miss Raíssa Suellen após ver os seios da vítima.
“Ele (Marcelo) falou que a Raíssa tinha ido lá em casa na segunda-feira (2 de junho) e ficava se insinuando pra ele. Ele falou que os dois estavam lá fora, ela ergueu a camisa e mostrou os peitos pra ele. Nisso, ele empurrou ela, que bateu a cabeça e caiu lá embaixo”, disse a mulher em depoimento obtido pela Banda B.
O humorista ainda teria dito a ex-nora que a discussão e visualizar os seios da miss levaram ele a empurrar a vítima, o que, na visão dele, torna o crime acidental.
“No domingo (uma semana depois do crime), eu vi que eles (pai e filho) começaram a chorar. Eles se abraçaram e começaram a chorar bastante. Eu olhei e falei assim: ‘Sogro, o que aconteceu com a Raíssa? Ele olhou pra mim e falou: ‘Foi um acidente’.”, prosseguiu.
Após descobrir sobre a morte de Raíssa, mulher se separou do filho do humorista

Durante o depoimento, a mulher ainda teria contado aos policiais que buscou saber a verdade sobre a morte de Raíssa e quando descobriu sobre o assassinato decidiu terminar o relacionamento com o filho do humorista.
“Eu olhei pro Dhony e falei: ‘Dhony, você fez alguma coisa com a Raíssa? Ele falou: ‘Eu não fiz nada. Eu juro por tudo que é mais sagrado. Eu não fiz nada. Eu não tenho nada a ver com isso. Eu prometo’. Na segunda [9 de junho], eles iam depor e eu descobri que era tudo mentira. Mandei uma mensagem e falei: ‘O que vocês fizeram com a Raíssa não tem perdão”, complementou.
Humorista e filho foram denunciados pela morte da miss

O humorista Marcelo Alves dos Santos e o filho, Dhony de Assis, foram denunciados nesta segunda-feira (23), pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) pela morte de Raíssa.
Segundo apuração do produtor da RICtv Pedro Neto, Marcelo foi denunciado pela 6ª Promotoria de Crimes Dolosos Contra a Vida de Curitiba pelos crimes de feminicídio majorado, com as qualificadoras de dificultar a defesa da vítima e motivo torpe, fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
Já Dhony foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de fraude processual qualificada e ocultação de cadáver.
O humorista e o filho estão presos e podem responder aos crimes ainda detidos, caso a Justiça não determine a soltura dos dois.
Defesa do filho do humorista pediu ‘relaxamento da prisão’ após denúncia
A defesa de Dhony de Assis pediu ‘relaxamento da prisão’ após o filho do humorista não ser denunciado pelo MP-PR pelo crime de feminicídio.
“Ele não foi denunciado pelo crime de feminicídio, o que representa, na avaliação de sua defesa, um reconhecimento claro de que não participou do homicídio”, pontua a nota assinada pelo advogado do denunciado, Caio Percival.
Percival ainda argumenta que a manutenção da prisão temporária do seu cliente perde completamente a razão de ser diante da nova configuração da denúncia.
“O Ministério Público optou por não denunciar Dhony pelo crime de feminicídio, e isso muda totalmente o cenário. A prisão foi decretada em um contexto investigativo de homicídio qualificado, mas agora a própria acusação afasta essa hipótese. Portanto, não se justifica mais manter Dhony preso temporariamente por algo que o próprio MP já descartou formalmente”, afirma Percival.
A defesa de Dhony pediu o imediato ‘relaxamento da prisão’ ao denunciado e pontua que ele ficará à disposição para colaborar com a Justiça.
“Ele jamais teve intenção de ocultar crime algum, tampouco participou de qualquer plano. Sua conduta está restrita a atos posteriores, em contexto que ainda será melhor esclarecido. Mas é fato: ele não matou, não participou da morte e não pode continuar preso como se tivesse”, conclui o advogado”, finalizou Percival.
De acordo com as informações apuradas pela repórter Beatriz Frehner da RICtv, Raissa da Bahia veio para Curitiba com a ajuda de Marcelo. Ele teria levado a menina para morar em sua casa no bairro Ganchinho. A jovem ficou um tempo no local, mas a menina resolveu sair e procurar um novo lar.
Além disso, a reportagem apurou com pessoas próximas à menina que houve desentendimentos e ciúmes por parte da namorada do filho do comediante. Raissa conseguiu alugar um novo apartamento e foi morar com algumas amigas.
As amigas alegaram que a Raissa recebeu uma proposta para trabalhar em Sorocaba, no interior de São Paulo. Para as amigas, a jovem confessou que a proposta foi feita por Marcelo.
Assim como Raissa Suellen, o humorista também é de Pedro Afonso (BA), mas estava na capital do Paraná há pelo menos 10 anos. Para a jovem, o comediante era um homem confiável.
Segundo a Polícia Civil do Paraná (PCPR), a localização do corpo só foi possível após o próprio investigado indicar o local onde havia enterrado a vítima. Ele compareceu espontaneamente à delegacia, acompanhado do advogado Caio Percival, que afirmou, em entrevista ao Balanço Geral Curitiba, da RICtv, que seu cliente quis colaborar com as investigações.
Conforme a delegada Aline Manzatto, da PCPR, o humorista disse que estrangulou Raíssa com um objeto conhecido como “enforca gato”. Depois disso, ele enrolou o corpo da moça em uma lona e ligou para o filho.
O comediante ainda disse que o rapaz ficou desesperado, tentando convencer o pai a se entregar. Posteriormente, o humorista colocou o corpo de Raíssa no carro e o teria deixado em algum lugar em Araucária.
(Informações RIC)