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Trabalho análogo à escravidão inclui produtora do Rock in Rio e do Lollapalooza

Fiscais encontraram 14 funcionários de uma transportadora de equipamentos que dormiam em papelões e precisavam tomar banho em canecas, além de não receber por horas trabalhadas.

A Rock World, produtora de festivais como The Town, Rock in Rio e Lollapalooza, foi incluída na última sexta-feira (23) na “lista suja” do MTE (Ministério do Trabalho e Emprego). O cadastro reúne empregadores que submeteram trabalhadores a condições de trabalho análogas à escravidão.

A inclusão da empresa se deu após fiscais encontrarem 14 funcionários de uma transportadora de equipamentos vinculada ao Rock in Rio em situação de trabalho precária, em 22 de setembro de 2024.

Condições precárias

Os trabalhadores estariam dormindo papelões, lonas e sacos plásticos na sede da empresa, localizada no Rio de Janeiro. Mulheres resgatadas relataram que precisavam usar uma caneca com água para tomar banho, devido à ausência de chuveiros elétricos no banheiro feminino da empresa.

As investigações foram realizadas pelo Ministério Público do Trabalho no Rio de Janeiro, em conjunto com a Auditoria Fiscal do Trabalho do MTE.

Os funcionários também não estariam recebendo valores acordados em contrato. As diárias eram de até R$ 150, conforme a carga horária, entretanto, relatos apontam que o tempo de trabalho ultrapassava o acordado, chegando a 21 horas em um único dia.

Em nota, a Rock World afirmou que “todos os trabalhadores nos eventos produzidos seguem padrões rigorosos de contratação e que, há mais de 40 anos, preza pela promoção de entretenimento de alta qualidade, gerando um impacto de bilhões de reais na economia do país e mais de 20 mil empregos diretos e indiretos”.

Também declarou que as “supostas irregularidades trabalhistas” foram cometidas por uma entidade terceirizada e que, até o momento, não há provas que confirmem as acusações.

Trabalho análogo à escravidão inclui produtora do Rock in Rio e do Lollapalooza
O Ministério do Trabalho e Emprego cadastra empresa que submeteram trabalhadores a condições análogas a escravidão  – Foto: Reprodução/Agência Brasil

Casos anteriores envolvendo o Rock in Rio

O Rock In Rio já esteve envolvido em outras denúncias relacionadas a condições análogas à escravidão. Em 2013, o MTE identificou 93 pessoas contratadas por uma rede de fast food em situação de trabalho exaustiva.

A empresa, terceirizada para atuar no atendimento ao público do Rock in Rio, exigia que os funcionários pagassem pelo credenciamento, além de custear passagem, hospedagem e ingressos para acessar o evento.

Trabalho análogo à escravidão inclui produtora do Rock in Rio e do Lollapalooza
MTE resgatou 14 trabalhadores da produção do Rock In Rio 2024 – Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

Dois anos depois, outra operação flagrou irregularidades em empresas contratadas para o Rock in Rio 2015. Na ocasião, funcionários de uma lanchonete que vendia batata frita usavam a própria remuneração para cobrir despesas com transporte, alimentação e hospedagem.

Segundo relatos, o valor pago não era suficiente para arcar com os custos.

(Informações ND Mais/R7)

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