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Proposta de ‘chapão federal’ sepulta as pretensões do ex-deputado João Grandão

Eleições 2010 – 21/01/2010

                                 José Henrique Marques
 
            O local que o deputado Vander Loubet (PT) escolheu para anunciar seu projeto de chapa única de candidatos a deputado federal liderada pelo PT poderia ter sido mais adequado. Ao revelar essa articulação em Dourados, a qual disse que fará tudo para “vingar”, ele arrumou encrenca com a maioria dos petistas douradenses. Afinal, o tal “chapão federal” sepulta de vez as chances de uma das principais lideranças do partido em níveis local e regional de voltar à Câmara dos Deputados: João Grandão.
            A proposta de Loubet, revelada ontem num almoço numa churrascaria de Dourados, com a presença do prefeito Ari Artuzi (PDT), Dirceu Longhi, imprensa e convidados (cerca de 30 pessoas), visa aglutinar candidatos do PT, PDT, PSC e PP numa única chapa. Ele entende que assim será possível eleger quatro, dos oito deputados federais que Mato Grosso do Sul tem direito na Câmara Federal.
            Trata-se na verdade um golpe de mestre de Loubet, um campeão de votos, hábil articulador, sobrinho do candidato ao governo do Estado Zeca do PT, mas que anda encrencado com a Justiça, porque, no mínimo, viabilizaria seu terceiro mandato consecutivo, com menos custos. Ele argumenta, porém, que com o Chapão ficam fortalecidas as candidaturas de Zeca para governador e de Delcídio (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT) para o Senado.
            Ocorre que, além de Loubet, o PT tem também o deputado Antonio Carlos Biffi que buscará a reeleição. Num chapão, como pretende Loubet, dificilmente um outro petista seria eleito, já que Antonio Cruz (PP) também quer outro mandato e tem base eleitoral em Campo Grande. Um quarta e forte concorrente dentro do “chapão” seria a vereadora Teresa Name, do PSC, que também é de Campo Grande.
              Portanto, dessa maneira ficaria muito difícil a situação de João Grandão, embora o ex-deputado esteja em pré-campanha em praticamente em todo o Estado. Mesmo chamuscado pelo escândalo conhecido ‘Máfia das Ambulâncias’, pelo qual foi indiciado pela Justiça, JG goza ainda de grande prestígio político.
            Para complicar ainda mais o quadro para o candidato petista de Dourados, existe uma grande possibilidade da candidatura do juiz federal Odilon de Oliveira, que poderá ser filiar ao PDT ou PTB.
Também não é certo que Dagoberto Nogueira (PDT) encarará o enfrentamento a uma cadeira no Senado Federal, pois, se teoricamente uma das vagas é de Delcidio, a outra deverá ser de um aliado do governador André Puccinelli (PMDB), que concorrerá à reeleição.
            As chances de Dagoberto de chegar ao Senado não são, porém, remotas, desde que sua primeira suplente seja Gilda dos Santos, a esposa de Zeca do PT, para que o segundo voto dos petistas seja descarregado nele, e não no vice-governador Murilo Zauith (DEM), que também pretende ser senador e é muito forte na região da Grande Dourados. 
 
 
 

Fonte: Folha de Dourados

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